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Corrupção e vacinas
Empresa recebida por Pazuello para compra de Coronavac teve dono condenado por fraude em importação
Redação

A World Brands foi recebida pelo general Pazuello para a negociação da compra da vacina chinesa Coronavac, com preço 3x superior ao preço do Instituto Butantã. Dona da empresa de SC já foi condenado por fraude em importação.

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A CPI da Covid revelou um vídeo do general Eduardo Pazuello, à época como ministro da Saúde, em encontro com a empresa World Brands. A empresa de comércio exterior está registrada em Itajaí (SC) e em nome do empresário Jaime José Tomaselli, que já foi condenado por fraude em importação, além de uma sócia.

Veja mais:General Pazuello, por fora de agenda oficial, negociou Coronavac pelo triplo do preço

Tomaselli foi condenado junto com outras duas pessoas por ter deixado de prestar informações na declaração de importação de um carregamento de 1.361 caixas de lâmpadas fluorescentes, 3.200 embalagens em cartela de papel com plástico, 81.000 carrinhos de controle remoto com fio e mais 750 embalagens em cartela de papel com plástico. O nome da real importadora teria sido substituído por outra empresa.

Na decisão do juiz federal Marcelo Micheloti, consta que as faturas comerciais foram preenchidas em nome da empresa Marfim Gestões, que Tomaselli é sócio-proprietário, como importadora direta, ao passo que as embalagens das mercadorias continham outra marca da real adquirente das importações.

A pena do empresário foi estabelecida em um ano, seis meses e 20 dias de prisão, substituídas por 560 horas de prestação de serviços comunitários, pagamento de R$ 54 mil e mais R$ 27 mil em dias-multa. De acordo com os registros do processo, Tomaselli ainda paga regularmente prestações pecuniárias à Justiça. A condenação do empresário não impede que ele atue em comércio exterior.

Agora a negociação entre a World Brands e o general é apurada na CPI da covid. O encontro gravado contradiz o próprio depoimento do ex-ministro da saúde e general da ativa das forças armadas, que dizia que não havia liderado negociações com a Pfizer porque um ministro jamais deveria receber ou negociar com uma empresa.

A notícia vem no bojo de uma série de acontecimentos nos últimos desdobramentos das investigações de corrupção na crise da covid, que evidenciam diversos militares envolvidos em esquemas de corrupção e superfaturamento nos insumos para o combate da pandemia, que já registra quase 540 mil mortos em todo o país.

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