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Violência policial
ESCÂNDALO! PM agride mulher com bebê no colo em ocorrência de violência doméstica no RN
Redação

Está circulando nas redes sociais um vídeo de um policial batendo e arrastando uma mulher na cidade de Santo Antônio, na região Agreste do estado do Rio Grande do Norte, enquanto ela carrega um bebê no colo. No vídeo, os policiais saem da casa da mulher e um deles começa xingá-la de “cachorra”. Outro policial arranca a criança do seu colo, quando então ela é derrubada.

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Os policiais estavam no local para atender uma ocorrência de violência doméstica. Segundo relatos, o irmão da mulher estava agressivo e quebrando itens da casa. Ela estava na casa do vizinho. Os policiais foram a sua casa encontrar o irmão, e ela pediu que não o agredissem. Logo em seguida o policial começa as agressões contra ela, com o policial afirmando "Meta a mão mesmo. Bata nessa cachorra. Essa cachorra merece apanhar mesmo".

Veja o vídeo:

Uma cena escandalosa do policial agindo diretamente em favor da violência contra a mulher. O repúdio a essa cena que se expressou nas redes sociais precisa ser respondido nas ruas! Pois não se trata de um “caso isolado” ou de um “mal elemento” da polícia. São recorrentes os casos de policiais, em serviço ou não, que são protagonistas de cenas de violência e assassinato de mulheres. Há menos de um mês, em Formosa (MG), um policial deu tapas na cara e prendeu uma mulher sentada por suposto “desacato”. E como não lembrar do caso de Cláudia Silvia Ferreira, mulher negra assassinada pela polícia indo comprar pão com seu corpo sendo arrastado pelo carro da polícia do Rio de Janeiro em 2014.

Essas cenas de violência de gênero são o protocolo comum a uma instituição cuja função é a garantia dos interesses do Estado e da opressão patriarcal. A governadora do estado, Fátima Bezerra (PT), postou nas suas redes sociais que pediu o afastamento dos policiais e apuração do caso. Contudo, trata-se de um governo que vem ampliando cada vez os “investimentos” nas policiais, chegando a estabelecer parcerias junto ao governo Bolsonaro para criação de sistemas de inteligência no Rio Grande do Norte e compra de armas. Portanto, a governadora é parte responsável por cada cena de violência como essa.

Historicamente a polícia sempre se utiliza de todo tipo de violência de gênero como revistas vexatórias, e inclusive estupros para reprimir a luta de trabalhadores e movimentos sociais. E por isso não é possível humanizá-la, como a proposta de delegacias de proteção a mulher, que em nada mudam este caráter da misógino da polícia. Como vimos justamente nesse episódio, não é a polícia que irá combater a violência doméstica ou qualquer outro tipo de violência contra a mulher, como propõe a governadora Fátima com a Patrulha Maria da Penha.

É possível confiar apenas na força da auto-organização de mulheres junto a classe trabalhadora para impor um plano de emergência, com subsídio econômico do Estado, para toda mulher e pessoa LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade ou vítima de violência, com construção de casas abrigo e garantia de emprego e renda. Basta de investimentos dos governos nessa polícia misógina e assassina, lutemos pelo seu fim junto a esse sistema capitalista de opressão e exploração!

 
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