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Crise Hídrica
Trabalhadores tem água racionada no interior de SP, por culpa de Doria e dos prefeitos
Redação

Racionamento da água é medida para livrar a cara dos capitalistas e do agronegócio, que são os verdadeiros culpados pela crise hídrica, pois destroem a natureza com sua exploração agressiva, e que desperdiça 70% de toda água doce do Brasil, fazendo com que seja classe trabalhadora e povo pobre que pague pela crise hídrica e climática que eles mesmos criaram.

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Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Com a queda nos níveis dos reservatórios e o período de estiagem algumas cidades do interior de São Paulo já passaram a adotar algum tipo de racionamento de água.

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Moradores da cidade de Itu, que tem 170 mil habitantes, temem que a cidade reviva o drama de 2014, quando a cidade ficou 10 meses vivendo o maior racionamento de água da sua história.

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A cidade entrou em rodízio na semana passada, enquanto há o pior déficit de chuva em 91 anos, com os mananciais de Itu operando hoje com 32% da capacidade. Além disso, há a possibilidade do racionamento ser mais severo do que já está.

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Em algumas regiões o corte da água se dá dia sim, dia não; em outros lugares é cortado nas segundas e quintas-feiras. Mas em todas as regiões é a classe trabalhadora e o povo pobre que sofre, principalmente no meio da pandemia, pois não podem realizar tarefas necessárias para o dia-a-dia, como se hidratar, realizar limpezas, alimentação e higiene etc.

“Estamos vivendo uma situação horrível. Tenho conseguido diminuir o problema, porque vou buscar água numa mina, que fica aqui perto de casa”, contou Maria Gervásio, 57, que diz que mesmo morando em região onde o rodízio previsto deveria ser de abastecimento dia sim, dia não, as torneiras de sua casa, na Vila Santa Rosa, estão secas há cinco dias.

Júlia Araújo Alves e seu marido , James Carneiro, também buscam agua na mesma bica que Maria, e dizem que esperavam que haveria abastecimento no Parque das Rosas onde moram, mas isso não ocorreu. “Estamos sem água faz uma semana”, reclamou Júlia. “Pra beber, a gente está comprando água, mas para lavar roupa, tomar banho e todo o resto, a gente usa água da mina”.

Já o contador João Fernando Franquini, que esteve na fonte pela manhã, foi atrás de água da bica para poder ter água para se hidratar. “É boa”, disse o trabalhador.

Rosana Aparecida dos Santos, auxiliar técnica de enfermagem, também usa a água da mina para beber, enquanto convive, desde a semana passada com o problema de falta d´água no Parque América, onde mora. “Acho que a água daqui é mais garantida que a da rua”, disse ela.

Lucimary Pereira, moradora do bairro rural do Pinheirinho reclama, dizendo que na região "estamos vivendo uma calamidade”. “Estou sem água desde o dia 5 (...) Eu tenho de implorar para a prefeitura mandar uns caminhões-pipa. Pedi na segunda-feira cedo, mas até agora não chegou". Ela e os dois filhos de 11 e 17 anos, foram infectados pelo vírus da Covid-19, não podendo sair de casa por conta dos protocolos sanitários.

“Sem água, a gente está tendo muita dificuldade em manter a higiene, por exemplo. Minha casa fede a cândida”, disse ela, referindo-se a água sanitária. “Quando alguém faz xixi, não damos descarga”, diz Lucimary.

A cidade de Salto, com 110 mil habitantes e a cerca de 10km de Itu, também vem passando por racionamento e crise hídrica, não havendo prazo para a duração do rodízio.

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São José do Rio Preto (440km de São Paulo) tem racionamento das 13 às 20 horas, em 15 regiões da cidade, afetando aproximadamente 100 mil pessoas.

A cidade de Franca (400km de São Paulo) está de sobreaviso, tendo baixa pluviometria registrada no período de outubro de 2020 a março de 2021 e a maior queda da vazão dos mananciais que abastecem a cidade em duas décadas.

Mas essa crise foi criada por Bolsonaro, Mourão, Salles, que garantiu as queimadas da Amazônia, em conjunto com João Dória, os prefeitos de SP e demais políticos burgueses do Brasil, que garantem os lucros bilionários dos capitalistas, enquanto os trabalhadores, que não geraram a crise, são obrigados a pagar por ela.

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