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ABAIXO A PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!
A força dos trabalhadores paralisando o país numa greve geral é o que pode barrar privatizações
Luiza Eineck
Estudante de Serviço Social na UnB

Em meio ao aprofundamento da crise política do governo Bolsonaro, a escalada autoritária segue, assim como os ataques aos trabalhadores e os mais oprimidos, encabeçados, também, junto do Congresso e do Senado. A privatização dos Correios é uma forte expressão de que as alas do regime golpista se unem quando o assunto é nos atacar. É urgente uma Greve Geral, que possibilitaria a entrada dos trabalhadores em cena nas ruas para poder derrubar as privatizações, os ataques e o governo de Bolsonaro e Mourão.

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Fonte: Exame

Mesmo após o escândalo de denúncias de corrupção envolvendo vacinas e o Ministério da Saúde que veio à tona na CPI dos golpistas Renan Calheiros e Omar Aziz, e que aprofundou a crise política no governo Bolsonaro, ele segue sem medir esforços em passar a boiada à la Salles nos trabalhadores e na população. O país vive uma crise energética e a privatização da Eletrobrás já foi aprovada. Agora, o que está na mira é a privatização dos Correios, desta vez, diferentemente da tentativa do ano passado, é uma privatização de 100% da estatal.

Ainda que o escândalo das vacinas também tenha expressado que há distintos interesses entre as alas da burguesia dentro do regime brasileiro, uma coisa é certa: estão todos a serviço de garantir os lucros do capital. E parte desse plano é transformar o Brasil na pária do mundo e subordiná-lo ainda mais aos interesses e lucros imperialistas, sobretudo os norte-americanos.

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A privatização dos Correios se encaixa muito bem aí, não à toa essa privatização neoliberal significa vender uma das empresas brasileiras mais importantes, a preço de banana, para beneficiar a Amazon de Bezos, maior bilionário do mundo, empresas de serviços de entregas como a Uber, e a Magazine Luiza.

As privatizações significam precarização dos serviços, e pior, maior precarização da vida dos trabalhadores. Os efeitos já estão sendo sentidos, estão apresentando uma vergonhosa proposta um reajuste de 0% de salário e implementação de banco de horas. Os trabalhadores dos Correios não pararam de trabalhar durante toda a pandemia, devido à qual hoje temos mais de 533 mil mortos pela Covid no país, o que soma à fome, o desemprego e à inflação que só aumentam.

E o que pode derrubar as privatizações e dar respostas profundas e concretas para resolver a crise? A luta de classes. Somente a força da classe trabalhadora nas ruas em aliança com os setores mais oprimidos e movimentos sociais como os indígenas, mulheres, negros e LGBTQI+ podem mudar o rumo dessa catátrofe orquestrada por Bolsonaro, Mourão, os governadores, o Congresso, STF, etc, e que tem o aval do imperialismo.

É por isso, que para essa classe que tudo produz e tudo pode mudar, é urgente uma Greve Geral que paralise tudo, todo o país, as diversas categorias unidas e em luta. Se todos os ataques são aplicados em nome dos lucros capitalistas, paremos a produção. Aos capitalistas não devemos nada.

Nesse sentido, para colocar de pé uma forte Greve Geral é necessário que haja assembleias de base em cada local de trabalho e estudo para debater um plano de lutas para enterrar de vez todos os ataques e esse governo. Como disse o trabalhador da USP e dirigente nacional do MRT, Marcello Pablito, "Se centenas de sindicatos votam pela Greve Geral, a CUT e CTB teriam que se movimentar”. As correntes da esquerda precisam dar exemplo nos locais de trabalho e estudo que dirigem, como os sindicatos, os DCEs e CAs. E não colaborarem com a absurda divisão burocrática imposta pelas direções do PT e PCdoB que dirigem a CUT e a CTB, e não por coincidência a UNE, que amanhã farão dois atos em Brasília, um chamado pelos Correios às 10h da manhã no edifício sede da empresa e outro às 16h, convocado pelas organizações do movimento estudantil. Qual o sentido de separar as lutas? Se não para desmobilizá-las e pacificá-las?

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A estratégia de Lula e do PT é bastante clara: canalizar a revolta que se expressou nos últimos atos para as eleições de 2022, e infelizmente a esquerda segue esse mesmo caminho de subordinação à política do PT de conciliação de classes e administração do capitalismo.

Nós do MRT e Esquerda Diário, viemos nos colocando de forma antiburocrática nos últimos atos, e propomos a esquerda para levantarmos um forte Comitê Nacional pela Greve Geral para erguer de maneira unificada essa exigência às grandes centrais sindicais. A força da classe trabalhadora em luta pode impor uma assembleia constituinte livre e soberana, onde os trabalhadores possam decidir os rumos do país, e que permitiria revogar todos os ataques e privatizações, debater o grandes dilemas do país e enfrentar, ao contrário do impeachment, Bolsonaro, Mourão, todos os militares e todas as instituições do regime político fruto do golpe institucional de 2016, para fazer com que os capitalistas que paguem pela crise. Não à privatização! Por um Correios 100% estatal sob controle dos trabalhadores!

Leia também: Greve geral para derrubar Bolsonaro, Mourão, os ataques e impor uma nova Constituinte


A partir do dia 15/07, acompanhe a nova etapa do Esquerda Diário: A luta de classes na sua mão!

 
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