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OCUPAÇÃO
Moradores da ocupação Valdete Guerra falam sobre a luta por moradia em ato de solidariedade
Redação

Neste sábado, 10, ocorreu um ato em solidariedade às cerca de 200 pessoas que fazem parte da ocupação Valdete Guerra.

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O ato ocorreu na própria ocupação, composto por parlamentares e organizações de esquerda, que fica localizada no bairro do Planalto em Natal, em um terreno abandonado pela prefeitura da capital potiguar.

O terreno fora preparado para construir uma lagoa de captação de água, mas nunca fora finalizado, e está há anos em desuso, apenas fomentando a especulação imobiliária, ligadas às grandes famílias oligarcas locais.

As famílias ocupantes, coordenados pelo MLB (Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas), se instalaram no terreno na virada de domingo para segunda-feira da última semana, montando coberturas de lona, onde dormem adultos e crianças. Muitas delas vivem da informalidade ou estão desempregadas, e com o aumento do custo de vista, tiveram que passar a usar o dinheiro do aluguel para garantir alimento.

O Esquerda Diário esteve presente na ação de hoje para expressar solidariedade e dar voz aos moradores da ocupação, a serviço de sua luta por direito a moradia, contra a prefeitura de Álvaro Dias (PSDB), e as oligarquias e capitalistas que ele representa.

Em Natal o déficit habitacional, segundo os últimos dados apresentados pela própria prefeitura, é de 70 mil moradias. Enquanto isso, está sendo discutido um Plano Diretor que não propõe qualquer medida contra isso, apenas busca verticalizar a orla, avançando sob áreas de proteção e comunidades locais, favorecendo os capitalistas da construção civil e do turismo.

O agravamento da crise social no país é patrocinado pelo governo genocida de Bolsonaro e Mourão, Álvaro Dias, mas também por Fátima Bezerra (PT), que governa para os capitalistas, sendo parte de manter o problema de moradia subordinado a interesses opostos aos da população. Por isso chamamos a confiar apenas na força da unidade da classe trabalhadora com a luta dos movimentos sociais e ocupações para dar uma saída anticapitalista que ataque os lucros das oligarquias, especuladores e empresários. Em primeiro lugar, que imponha a garantia de moradia digna para todas as famílias dessa e outras ocupações.

Veja a seguir as entrevistas:

E também exigimos das grandes centrais sindicais CUT e CTB, ligadas ao PT e PCdoB, assim como a UNE, que convoquem uma greve geral e um plano de luta, construído com assembleias de base em cada local de trabalho, estudo e moradia, para derrubar Bolsonaro, Mourão e seus ataques. E que não dá para esperar 2022 como quer o PT nem confiar no impeachment junto à direita como resposta, como fazem o PSOL, PCB, PSTU e UP, signatários do Super Impeachment que o presidente da Câmara dos Vereadores, Arthur Lira (PP) já declarou que não vai aceitar e que coloca o reacionário racista Mourão na presidência. A política do impeachment mantém de pé todas as reformas, cortes e medidas que nos fazem pagar pela crise.

Propomos impor pela luta uma nova Constituinte livre e soberana, que eleja representantes do povo para decidir os rumos do país acima de todos os poderes previamente constituídos, como o congresso, o judiciário e o executivo. E que se debata um plano de obras públicas controlado pelos trabalhadores, ligado ao não pagamento da dívida pública, para dar uma saída radical ao problema habitacional do país, gere emprego e renda, rumo a uma reforma urbana radical, como parte da batalha para que os capitalistas paguem pela crise.

 
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