www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Bilionários ficam mais ricos em meio a crise social e sanitária na Índia
Redação

Enquanto a população indiana amarga uma forte recessão com índices recordes de desemprego, forte queda da renda e aumento da fome, além do alto índice de mortes entre os infectados que atingiu seu ponto recorde em junho, os ricos ficam mais ricos incrementando a concentração de renda num dos países mais golpeados pela pandemia.

Ver online

Foto: Reuters

O país asiático que entrou em uma severa recessão no ano passado após quatro meses de duras restrições ao comércio e viagens como medida de combate a pandemia. A crise econômica agravada pela pandemia do coronavírus têm vitimado profundamente a população pobre que viu suas condições de vida despencarem.

Dados divulgados pelo Credit Suisse apontam índices alarmantes de aumento da concentração de renda e na desigualdade. Os dados relatados apontam que a riqueza dos 1% mais ricos do país aumentou em 7 pontos percentuais entre 2000 e o final de 2020 totalizando 40,5% da riqueza nacional.

O relatório do banco também aponta o aumento do índice de Gini, que mede a desigualdade de renda no país. O índice, quanto maior o número maior a desigualdade, aumentou de 74,7 em 2000 para 82,3 no ano passado.

A classe média indiana encolheu em cerca de 32 milhões de pessoas no ano passado com relação às estimativas traçadas sema pandemia, relatou o Pew Research Center. Rakesh Kochhar, pesquisador sênior do Pew, afirma que as pesquisas apontam que 75 milhões de pessoas engrossaram o caldo dos pobres no país (pessoas que vivem com até dois dólares por dia) incrementando em quase 60% os índices de pobreza mundiais.

230 milhões de indianos viram suas renda cair para 5 dólares ou menos, de acordo com pesquisadores da Universidade Azim Premji no estado de Karnataka. De acordo com dados da mesma pesquisa, 90% dos entrevistados relataram redução na ingestão de alimentos por causa do lockdown, enquanto 20% relataram que não aumentou a ingestão de alimentos depois do término do bloqueio.

De acordo com dados do Laboratório de Ação contra a Pobreza Abdul Latif Jameel, nos estados de Bihar e Jharkhand, os resultados das pesquisas apontam que a pandemia tem expulsado homens do trabalho e deixado as mulheres totalmente fora do mercado. "Elas [as mulheres] tiveram essa chance de trabalhar. Agora estão de volta para casa com suas famílias e sendo pressionadas a se casar" apontou o pesquisador Clément Imbert, professor associado de economia da Universidade de Warwick.

Enquanto a penúria das massas indianas não tem perspectiva de cessar, e promete novos capítulos de sofrimento com a provável terceira onda no país, os ricos têm incrementado em bolhões suas fortunas.

Com destaque para Mukesh Ambani e Adani que hoje figuram como o primeiro e quarto homem mais ricos da Ásia respectivamente.

Mukesh Ambani, que é presidente do conglomerado Reliance Industries, viu sua fortuna ser incrementada pela cifra de 15 bilhões de dólares desde o ano passado, chegando a 80 bilhões. A Reliance teve enormes lucros no ano de 2020 levantando bilhões de dólares em negócios com empresas como google e o facebook, tendo gigantescos ganhos na bolsa de valores indiana.

Enquanto Adani, presidente do homônimo Adani Group Gautam, teve, no mesmo período, um aumento de riqueza na casa dos 13 bilhões de dólares, atingindo um montante total de 55 bilhões. O Grupo controla desde portos até energia térmica e carvão e teve um 2020 de exorbitantes lucros e valorização na bolsa, tendo as ações da Adani Enterprises 800% de valorização desde junho do ano passado na National Stock Exchange em Mumbai.

Na toada de ver toda a crise como oportunidade para aumentar a exploração e os lucros, os bilionários indianos seguem a trilha de super ricos do Brasil e do mundo. Somente no Brasil, os super ricos aumentaram em 44% durante a crise enquanto, o país liera o ranking da desigualdade no mundo. O mundo ganhou 660 novos bilionários em meio a crise atual com os EUA encabeçando o ranking.

Em janeiro desse ano,os lucros dos 10 mais ricos do mundo era capaz de financiar vacinas para todos os habitantes do globo, dados que atestam a profunda e crescente desigualdade social que atravessa o mundo.

Esse dado fundamental mostra como a única saída para a penúria crescente das massa de todos os países passa por atacar os grandes lucros, taxar as grandes fortunas e atacar a propriedade privada dos poderosos para que a riqueza acumuladas por esses poucos parasitas possa ser revertida ao bem estar da população e ao combate sério à pandemia.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui