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CPI DA COVID
A CPI dos golpistas não pode enfrentar Bolsonaro e Mourão porque estão juntos na agenda econômica
Calvin de Oliveira
Estudante de Geografia da UFF - Niterói

A Comissão que ganha novamente destaque com a denúncia dos Irmãos Miranda e prisão de Dias Ferreira é parte responsável pelo desgaste de Bolsonaro, mas senadores estão interessados em derrubar Bolsonaro? De acordo com Congresso em Foco, 86% da casa vota 100% das vezes com Bolsonaro e pasme a “oposição” vota 75% com o governismo. Nossa luta deve ser independente daqueles que partilham projeto econômico com o bolsonarismo.

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Investigação da Covid-19, no dia de ontem(7) prendeu “em flagrante” Ferreira Dias, um ex-diretor do Ministério da Saúde, acusado de participar dos esquemas de corrupção da Covaxin junto com Jair Bolsonaro. Preso por mentir descaradamente em frente aos senadores, CPI ganha novo destaque frente à população e junto a crise econômica, ou seja, o desemprego, a fome, a crise hídrica, as 500 mil morte e aos atos vem desgastando Bolsonaro, que hoje bate recorde de rejeição: 52% das respostas desaprovam governo.

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Diferente de partidos como PSOL e correntes internas como a Resistência, de Valério Arcary, não pressionamos que a CPI leve a um impeachment. Ou seja, não vemos um papel progressista, para a classe trabalhadora os interesses - ainda que escondidos, dos Senadores com a CPI. E isso tem um motivo. O Senado tem 86% das suas votações ligadas ao Bolsonaro, é uma casa reacionária e mais antidemocrática que a própria Câmara dos Deputados. A oposição dentro do Senado se limita no melhor dos casos a votar 60% das vezes com a base bolsonarista. E o que isso significa?

Significa que, quando se trata de privatizar os Correios como querem começar a vota na Camara, passar reforma administrativa, privatizar Eletrobras, privatizar a água com o Marco Sanitário, se aliam a Bolsonaro contra os direitos mínimos da classe trabalhadora, dos negros, dos lgbt’s, das mulheres e da juventude. O intuito se torna claro, passar a responsabilidade das 500 mil mortes somente para o Bolsonaro(não se questiona Mourão, por exemplo), e deixa intacta para as eleições de 2022, a Câmara, o Senado e o STF.

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Randolfe Rodrigues, de acordo com o Radar do Congresso em Foco, votou 68% das vezes com o governismo bolsonarista.Na CPI, que o médico vem dirigindo, ainda que desnude o que foi a gestão de Bolsonaro na pandemia, não questiona o que faziam os empresários da saúde, os militares, e não apresenta nenhuma saída. Não há no Senado qualquer setor que questione o sistema capitalista e o conjunto do regime na responsabilidade das mais de 500 mil mortes e da crise em curso no país.

Mas nas ruas tem um setor, os últimos 3 atos expressou força e vontade de se manter nas ruas para acabar com o governo Bolsonaro, e desde antes já se expressavam pequenos processos de resistência, como a greve do Metrô de SP, da LG e das merendeiras no RJ. As direções dos atos e dos maiores sindicatos, infelizmente, criam ilusões que na CPI e no impeachment resolvem e se discutem os problemas do país, e os atos tem que ser de mera pressão e não com uma perspectiva de ruptura.

É preciso confiar nas forças da própria classe trabalhadora junto com seus aliados, organizados desde as bases, com assembleias em cada local de trabalho e estudo e que desde aí decida os rumos da luta contra Bolsonaro e Mourão. Por isso, nós do MRT e do Esquerda Diário, propomos à esquerda que rompa com a aliança Joice Hasselmann e Kim Kataguiri, e construa um comitê pela Greve Geral em exigência às grandes centrais sindicais dirigidas pelo PT e PCdoB, que pare o país e saia também com um plano de lutas contra os ataques. Nesse momento de ataque aos Correios é preciso confiar na força de luta dos ECTistas junto à população e não no STF como faz o PT.

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