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MOBILIZAÇÃO
5 motivos de por que ir às ruas no dia 3J no Espírito Santo
Jade Penalva

Até agora não houveram assembleias da UFES e em nenhuma universidade do país, mas é com nossa unidade e organização que iremos dar e tomar as ruas para derrotar Bolsonaro, Mourão e todo o regime do golpe. Apresentamos 5 motivos de por que devemos estar nas ruas neste próximo dia 3.

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Que o dia 3J seja uma continuidade do dia 29 de maio e 19 de junho, e não apenas uma manobra eleitoral para desgastar o governo. Não podemos esperar até 2022! Que todos os locais de trabalho e estudo convoquem assembleias para a construção coletiva de um Comitê Nacional pela Greve Geral!

1) Damares ao ES como continuidade a coação a uma criança de 10 anos

Em meio a 515 mil infectados e 11 mil mortes por Covid19 no Espírito Santo, e altos índices de desemprego e fome, presenciamos a vinda de Damares Alves, no Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescêntes, onde a mesma disse defender as crianças e que não teria a partir daquele dia em diante abusos sexuais infantis - a mesma que constrangeu e coagiu uma criança vítima de estupro de 10 anos a não abortar.

2) Censura de Gilvan da Federal a uma professora no ES

Como se essas coisas já não fossem um absurdo, tivemos o ataque do vereador Gilvan da Federal à professora de inglês, Rafaella Machado, por utilizar em sua aula uma atividade que abordava sobre a questão LGBTQIAP+, que em 24h mobilizou grande parte da população à fazer um ato em apoio à professora na frente de sua escola. Lembremos que não é a primeira vez que o vereador ataca mulheres, como aconteceu também ao dizer no Dia Internacional da Mulher que o traje da vereadora Camila Valadão não estava adequado durante a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Vitória.

3) Cortes na UFES e nas federais

Também tivemos a vinda de Milton Ribeiro, ministro da educação, que teve o cinismo de afirmar que não estavam tendo cortes nas universidades e sim “adiamentos”, porque optaram por priorizar o auxílio emergencial - uma mentira, sendo que hoje temos 60% da população brasileira vivendo em insegurança alimentar, no meio de uma pandemia. Com os cortes gigantescos de Bolsonaro, a UFES deve perder 18,2% de verbas em 2021. Além disso, 30 universidades estão ameaçadas de fechar pelo país.

4) Fora Bolsonaro e Mourão

Os atos que aconteceram foram uma expressão do grande descontentamento da juventude, dos trabalhadores e do conjunto da população com Bolsonaro e sua corja, que não realizaram e não realizam testes massivos, isolamento racional, liberação remunerada para os serviços não-essenciais e grupos de risco. Mourão é corresponsável por todas as mazelas deste governo.

Os escândalos de corrupção do governo Bolsonaro com o superfaturamento de vacinas, se somam aos inúmeros ataques aos povos indígenas com a aprovação da PL 490, e à classe trabalhadora com a reforma administrativa e a privatização da Eletrobrás.

As centrais sindicais e a UNE buscam descomprimir toda a nossa insatisfação com o objetivo de alimentar ilusões no impeachment, inclusive junto a figuras como Kim Kataguiri e Joice Hasselmann, que só fortaleceria o endurecimento do regime com o Mourão no poder, ou no teatro da CPI. Buscaram, e ainda buscam, controlar a força dos atos e da aliança da juventude com os trabalhadores. O PSOL, PCB e UP estiveram também juntos depositando confianças na mesma direita que realizou o golpe em 2016 e depois apoiou a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro.

Os atos, que têm mostrado uma disposição de luta de diversos setores não podem ser usados apenas para desgastar Bolsonaro e preparar as eleições de 2022. Não podemos cair numa manobra eleitoral e nem aceitar essa separação que só enfraquece ambos os movimentos que são importantíssimos e têm os mesmos inimigos a serem golpeados por nós!

5) Batalhar por uma greve geral para parar o país com comitês de base

Ficou claro que há forças reais para derrotar Bolsonaro, e só não foi maior porque as direções sindicais da CUT (PT) e CTB (PCdoB) não convocaram nem organizaram as bases da classe trabalhadora para atuar juntamente com a juventude. Pelo contrário, convocaram os atos em dias diferentes, dividindo os estudantes e trabalhadores.

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Para potencializar as manifestações de rua, as direções dos sindicatos e da UNE deveriam organizar a luta dos trabalhadores e a dos estudantes, convocando assembleias de base em cada local de trabalho e estudo com direito à voz e voto para todos, para que conjuntamente decidam uma data para a paralisação e construção coletiva de um Comitê Nacional pela Greve Geral, por vacina para todos com quebra das patentes e sem indenização às empresas e por um auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo. Imaginem a força que teria se os sindicatos organizassem trabalhadores das diversas categorias nas ruas ao mesmo tempo, paralisando seus trabalhos e lutando como uma só classe, a classe que tudo produz e que tanto tentam dividir.

Leia mais: Chamado à esquerda para construir um Comitê Nacional pela Greve Geral

Essa unidade é fundamental e explosiva para conseguir derrotar todos os ataques e o regime de conjunto, impondo com a força da nossa luta uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que permitiria revogar todos os ataques, cortes e reformas, abrindo caminho para que a juventude e os trabalhadores se vejam como sujeito transformador dessa realidade e que com a nossa auto-organização possamos mudar as regras do jogo desse sistema que lucra por cima das nossas vidas.

Fazemos um chamado aos partidos como o PSOL e PSTU a exigirem que os sindicatos ao invés de impulsionar palanques, impulsionem um plano de lutas, com assembleias de base nos locais de estudo e trabalho. A CSP-Conlutas e a Intersindical podem dar o exemplo e desde as categorias que dirigem e organizar assembleias para decidir uma data para a paralisação e construção coletiva de um Comitê Nacional pela Greve Geral, assim como um chamado à que a CUT e a CTB encampem essa política.

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