O projeto de lei 490 representa o avanço dos interesses do agronegócio e do imperialismo sobre as terras indígenas, mais uma página na triste história de ataques históricos aos povos originários. O PL já foi aprovado pela câmara dos deputados com muita violência e repressão por parte da polícia. Além disso, a tese do marco temporal que prevê que as terras indígenas que podem ser reivindicadas são aquelas onde os povos indígenas ocupavam a partir de 1988, só favorece os interesses de ruralistas já que muitos povos nessa época haviam sido removidos de seus territórios anteriormente.
Esses ataques aos territórios das populações indígenas mostra a cara racista e interesses do regime, tanto Bolsonaro e militares, mas também do Centrão em favorecer os interesses de grandes donos de terra e do agronegócio que sempre que puderam roubaram, atacaram e até mesmo mataram lideranças indígenas para lucrar e agradar o imperialismo.
Os povos indígenas seguem lutando e resistindo contra esses ataques, o dia nacional de luta hoje mostra a disposição de luta de povos que sempre lutaram por sua liberdade e pelo direito que tem sobre seus territórios. Frente a isso, precisamos unificar a luta contra o PL 490 e contra Bolsonaro e Mourão, mas não podemos esperar que uma CPI cheia de golpistas ou de um congresso aliado do governo saiam as respostas contra a crise pandêmica e os ataques. Por isso temos que construir uma greve geral para derrubar Bolsonaro e Mourão com as nossa forças, com a juventude e os trabalhadores em unidade.
|