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EMBARGOS A CUBA
Com votos contrários do Estados Unidos e de Israel, a ONU vota contra os embargos criminosos a Cuba
Redação

O texto apresentado à ONU por Cuba desde 1992 não é vinculativo e a votação foi esmagadoramente positiva novamente. Teve a única oposição dos Estados Unidos e de Israel, como tem sido nos últimos anos.

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A Assembleia Geral da ONU voltou a exigir nesta quarta-feira (23) o fim do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba com a aprovação de uma resolução à qual apenas Estados Unidos e Israel se opuseram.

Depois de um ano de pausa devido à pandemia, Cuba voltou a apresentar às Nações Unidas a denúncia que faz desde 1992 e que tem sido aprovada anualmente com apoio avassalador da comunidade internacional.

Na ocasião, o texto foi adiante com 184 votos a favor, dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstenções (Colômbia, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos).

Em 2019, última vez em que este recurso foi votado, o texto havia recebido o apoio de 187 dos 193 estados membros, mas com mais um voto contra, o do Brasil, que desta vez não se pronunciou sobre a questão..

Durante a apresentação da resolução, o chanceler cubano Bruno Rodríguez acusou os Estados Unidos de ter aproveitado a pandemia de covid-19 para aumentar a pressão sobre seu país.

“O Governo dos Estados Unidos assumiu o vírus como um aliado em sua implacável guerra não convencional, deliberada e de maneira oportunista intensificou o bloqueio econômico, comercial e financeiro; e causou ao país perdas recordes de cerca de 5.000 milhões de dólares”, disse Rodríguez perante a Assembleia Geral

No total, Cuba garante que o bloqueio causou apenas 9.157 milhões de dólares em perdas ao país no ano passado, o valor mais alto registrado até agora pelas autoridades cubanas desde que as sanções foram impostas há seis décadas.

Nos últimos meses, o governo cubano realizou uma intensa campanha para denunciar esta agressão norte-americana, endurecida pelo ex-presidente Donald Trump com novas sanções durante seu recente mandato (2017-2021).

Na tentativa de sufocar a economia cubana, Trump estabeleceu medidas para dificultar ainda mais suas transações econômicas e a chegada de turistas americanos, e também incluiu a ilha na lista dos patrocinadores do terrorismo.

O governo de Joe Biden não mudou nenhuma dessas medidas até agora e, nesta quarta-feira, demonstrou à ONU que pretende continuar mantendo o criminoso embargo ao país caribenho.

Com um absoluto cinismo, a delegação norte-americana defendeu perante a ONU que as sanções são uma "ferramenta legítima" da política externa.

O embargo norte-americano começou com suas primeiras medidas em 26 de maio de 1960. Nesse dia, a Embaixada dos Estados Unidos apresentou uma nota na qual deixava claro o motivo do bloqueio. Nele, afirmava que a única razão para a suspensão de sua assistência econômica à Ilha seria a favor do "interesse nacional e continental do Estados Unidos”

Trinta e seis anos depois, a chamada Lei Helms-Burton, aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em março de 1996, endureceu as sanções contra Cuba, aprofundando o embargo em meio à crise que o país vivia após a queda da União Soviética . Após um interregno durante a presidência de Barack Obama (2009-2017) que flexibilizou algumas sanções, os Estados Unidos voltaram a endurecer as medidas contra a economia cubana no governo Trump.

Embora 184 países, praticamente todos os países do mundo, voltem a votar contra o bloqueio, o fato da resolução não ser vinculativa permite que Washington ignore a reclamação.

Isso apenas confirma que não será a ONU ou uma resolução que acabará com este bloqueio criminoso, mas sim a solidariedade internacional e um renovado movimento antiimperialista, a começar pela luta dentro do próprio imperialismo norte-americano.

 
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