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FORA BOLSONARO, MOURÃO E OS GOLPISTAS
Sem ilusões em Lula, paralisação nacional já para fortalecer nossa luta pós 19J
Lia Costa

É preciso construirmos, a partir da força que mostramos nas ruas no 29M e 19J, uma forte paralisação nacional, construída em cada local de trabalho e estudo, onde trabalhadores e juventude auto-organizados podem derrubar não só Bolsonaro, mas também os militares e todo o regime golpista que destrói nossas vidas em prol dos lucros dos capitalistas.

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Lula (Foto: Ricardo Stuckert/Twitter) / Ato no Rio de Janeiro/RJ (Foto: Pedro Rocha/Sintufrj)

Diante da crise sanitária e econômica atual, que não atinge somente o Brasil, mas alcança o sistema capitalista mundial, é preciso uma saída independente de classe, sem alianças com aqueles que lucram com a destruição dos nossos direitos e fazem com que paguemos pelos seus lucros. Por isso, confiar em saídas que não enfrentam o regime do golpe institucional de conjunto, que defende os interesses dos mais ricos, não atingirá na raiz aquilo que nos ataca, tão pouco derrubará as reformas e os cortes que deterioram nossos direitos.

Tanto o 29M como o 19J mostraram que existe disposição de luta. Trabalhadores, juventude e os movimentos sociais podem construir uma forte paralisação nacional que se enfrente com os ataques de Bolsonaro, militares, STF, Congresso, governadores e todos os outros golpistas. Essa força unificada poderia pôr em curso uma luta que ultrapasse a esperança eleitoral e construa uma forte paralisação nacional de trabalhadores e estudantes, mostrando para os golpistas e os capitalistas que serão eles que deverão pagar por essa crise.

Entretanto, as direções burocráticas encasteladas nos nossos sindicatos e entidades estudantis, como as centrais sindicais da CUT(PT) e a CTB(PCdoB), e a UNE (PCdoB e PT); estão atuando para desviar essa força que temos para apenas fortalecer Lula para as eleições de 2022. Atuam para que os trabalhadores e a juventude não confiem em suas próprias forças, mas sim que acreditem que o único caminho para derrotar Bolsonaro seria aderir a uma frente ampla encabeçada por Lula.

Essa frente ampla, colocada como alternativa para nós, pode ser vista como uma frente eleitoral, que busca por governabilidade e garantia dos lucros dos mais ricos, andando por uma via oposta pelos nossos direitos e interesses como classe. Se não fosse isso, então por que Lula senta com figuras da direita como Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Rodrigo Maia, que estiveram junto a Bolsonaro e o regime do golpe pela destruição de direitos e precarização das nossas vidas? Enquanto Lula faz isso, por que as principais centrais sindicais dirigidas pelo PT e o PCdoB - CUT e CTB - não constroem a nossa luta nas ruas abaixo as reformas e os cortes passados por cima das nossas cabeças? Essa frente ampla é na verdade a busca de frear qualquer possibilidade de luta de classes no país, que poderia não somente incendiar a nossa classe nacionalmente, mas também ser um grande exemplo de luta internacional contra os capitalistas.

Veja aqui: A esquerda institucional e a busca de um caminho de subordinação ao PT.

A partir dessas mobilizações, é preciso seguirmos em frente, não abrindo espaço para os golpistas - como vem fazendo a esquerda ao se limitar às saídas institucionais - mas sim por uma forte paralisação nacional que poderia ser organizada desde as bases de amplos setores operários e estudantis, através de assembleias com direito a voz e voto, colocando aqueles que não possuem direito à quarentena e que carregam todo o funcionamento do país nas suas costas, à frente dessa luta!

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