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NORDESTE
Queiroga deixa 2/3 do Ceará na escassez de vacinação. Vacina para todos já!
Redação Esquerda Diário Nordeste

Até o momento, apenas 34% de doses de vacina foram distribuídas para o Ceará, estado cuja necessidade equivale a 13,7 milhões de doses para pessoas acima de 18 anos, considerando a segunda dose.

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Foto: Tatiana Fortes

Isso é equivalente a apenas uma em cada três doses necessárias para concluir o processo, segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), plataforma do Ministério da Saúde, atualizada na segunda (21), pela manhã.

Essa projeção ainda não considera a vacina Janssen, da Johnson & Jonhson, mais empresa farmacêutica que está lucrando com a venda de vacinas e cuja negociação está impedindo o fornecimento de 1,5 milhão de doses para o Brasil. A Janssen não entra nessa conta, porque é dose única.

O estado do Ceará deve receber 120,2 mil doses do tipo para aplicar na população entre 30 e 44 anos (em ordem decrescente de idade). Mas essa chegada também está atrasada.

A primeira responsabilidade disso é do Ministério da Saúde do bolsonarista Marcelo Queiroga, que fez 5 capitais suspenderem a vacinação hoje, terça (22).

As cidades de São Paulo, Campo Grande, João Pessoa, Florianópolis e Aracaju não irão realizar a primeira dose da vacinação por falta de abastecimento. As capitais alegam falta de distribuição das doses por parte do Ministério da Saúde, e hoje apenas será aplicada a segunda dose da vacina nessas cidades. Algumas como Aracaju e Florianópolis afirmam que não há previsão para chegada de mais unidades.

Na briga entre os de cima, Queiroga culpa as capitais pela escassez, pois estas não estariam seguindo à risca o plano nacional de aplicação das doses, como se o plano do governo federal, administrado também pelos governadores que fazem demagogia com a vacina, não tivesse acarretado na terrível marca de mais de meio milhão de mortos por covid.

A realidade é que menos de 12% da população brasileira foi totalmente imunizada com as duas doses da vacina e 29% tomaram a primeira dose. E, essa responsabilidade, Bolsonaro, seu ministro da Saúde e seu governo de militares, dividem com governadores como João Doria (PSDB-SP), que fez demagogia com uma suposta antecipação da vacina, enquanto milhares de trabalhadores seguem espremidos em transporte público lotado, e são obrigados a trabalhar contaminados.

Camilo Santana (PT), governador do Ceará, também tem responsabilidade, porque impôs uma medida repressiva, especialmente para a juventude e pessoas voltando do trabalho, de restrição, que sequer garantia segurança sanitária real, mas na verdade aumentou o policiamento. Enquanto isso, também negou o direito de quarentena racional ao conjunto da classe trabalhadora, que continuou indo trabalhar, se aglomerando nos ônibus.

A questão é que é necessário lutar por vacinas para todos com quebra das patentes, sem indenização às empresas que lucram em cima das vidas trabalhadoras e do povo pobre todo esse tempo. As patentes das vacinas impõem uma lógica mercadológica para sua produção e distribuição. A lógica do lucro e da concorrência de mercado também impõe o ritmo lento da vacinação, justamente por estar subordinada às negociações que visam o lucro.

O que de fato poderia ampliar qualitativamente o acesso da população à vacina seria uma quebra de patentes, sem meios termos, que não passasse pela aprovação do negacionista Bolsonaro, e que não estivesse subordinada a pagar indenizações às empresas por isso. A quebra total das patentes sem indenizações é o caminho para garantir vacina para todos o mais rápido possível. Além disso, é necessário que sejam os trabalhadores que controlem a produção e a distribuição das vacinas.

Veja também: Vacina para todos com quebra de patentes e sem indenização aos capitalistas!

 
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