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PANDEMIA
Com quase meio milhão de mortes por Covid, negacionismo e descaso dos governos são responsáveis
Pedro Costa

Ontem (17), Bolsonaro apareceu dando mais uma de suas declarações negacionistas, desta vez o presidente defendeu em sua live a tese da chamada “imunidade de rebanho”, contrapondo-a com a vacinação, afirmando que seria mais eficaz do que a vacina.

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IMAGEM: DIDA SAMPAIO/ ESTADÃO

Em meio a quase meio milhão de mortes por Covid-19, fome, desemprego, desigualdade e queda da renda média recordes, Bolsonaro voltou a defender que contrair o vírus é mais eficiente do que tomar vacina, e que ele e qualquer um que tenha sido infectado está automaticamente vacinado, informação que é completamente mentirosa, uma vez que já houveram milhares de exemplos de reinfecção.

São incontáveis os absurdos ditos pelo presidente desde o início da pandemia, recentemente defendeu mais uma vez o voto impresso, a desobrigatoriedade do uso da máscara para vacinados e ex-infectados, tentou contestar o número de mortos pela contagem oficial e também novamente zombou das centenas de milhões de mortos.

Bolsonaro representa tudo que tem de mais asqueroso e reacionário na política brasileira. Porém não só o presidente e seu governo são responsáveis pelas centenas de milhares de mortes em nosso país, na realidade todos os atores do regime são. Por mais que os governadores ou o STF tentem se apresentar como “oposições racionais” ao bolsonarismo, não garantiram medidas elementares de combate a pandemia, como testes massivos, EPIs, reconversão da indústria para produção de insumos e vacinação em massa.

Pelo contrário, na realidade estes que se colocam como opositores estiveram junto com o governo sempre que o assunto era a aprovação de medidas que precarizam a vida e o trabalho da maioria da população, como a recente aprovação da MP que privatiza a Eletrobrás no Senado, a MP 936 e a reforma administrativa. No caso dos governadores, muitos impuseram um retorno inseguro às atividades escolares, o que custou a vida de milhares de trabalhadores da educação e alunos pelo Brasil.

Para combater a fome, a miséria, o desemprego e a crise sanitária só podemos confiar em nossas próprias forças, batalhando com um programa independente e nos organizando, pois nenhum ator do regime está preocupado com nossas vidas. Neste sentido é que viemos defendemos a unificação das demandas e da luta dos estudantes e trabalhadores no ato que ocorrerá amanhã, dia 19 de junho, mas infelizmente as burocracias sindicais e também as entidades estudantis, como a UNE, dirigidas pelo PT e PCdoB, não construíram o dia 19J desde a base, com assembleias e reuniões em todos os locais de trabalho e universidades, e a CUT chamou um dia 18 de atos, separando e dividindo as pautas.

Saiba mais: Divisão dos dias 18 e 19 é traição das centrais sindicais para fortalecer Lula e não a luta

As centrais promovem essa divisão das pautas e não impulsionam com todas as mobilizações porque tem uma estratégia eleitoreira, de fazer com que Lula ganhe em 2022 e que toda nossa luta se resuma a isso. Mas as demandas da juventude e todos os oprimidos, só podem se realizar com uma saída política independente dos trabalhadores, que para nós é hoje uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana. Essa batalha é urgente, não pode esperar as eleições e nem confiar em saídas que querem mudar a aparência para manter intacta a essência. Só a confiança plena em nossas forças pode dar um sentido revolucionário à luta que recomeça a se colocar no país.

 
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