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Programa da Chapa "Transformar a Dor em Luta" para as eleições do CAPPF
Chapa Transformar a dor em luta - CAPPF 2021

Conheça as ideias e propostas da chama Transformar a Dor em Luta que está concorrendo para as eleições do Centro Acadêmica da Pedagogia USP (CAPPF).

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Programa da chapa Transformar a dor em luta

Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis das nossas vidas, uma pandemia que já se arrasta por mais de um ano e meio em todo o mundo e que aqui já levou ao óbito quase 500 mil pessoas. Vemos o aprofundamento da crise econômica e social aqui no Brasil de Bolsonaro e Mourão, afetando diretamente nossos estudos, trabalho e cotidiano na Faculdade de Educação da USP.

Vemos a educação sendo bastante atacada, com ameaça de fechamento de Universidades federais, militarização das escolas e censura, além do aumento da fome, do desemprego e da miséria de vida. Ao mesmo tempo, a educação, os professores e juventude conformam um pólo de resistência e questionamento ao governo. O dia 29 de maio foi a expressão da força contra Bolsonaro. A juventude tomou as ruas por considerar o governo mais letal que o vírus.

Quem somos nós e o que defendemos

Pensando no papel importante que o Centro Acadêmico pode cumprir, especialmente em meio ao governo Bolsonaro que abomina a organização dos estudantes, nós da chapa Transformar a dor em luta, que estivemos à frente do CAPPF durante todo esse 1 ano e meio de pandemia, nos candidatamos novamente!

Fomos eleitos no calor das mobilizações na América Latina no fim de 2019, pensando os desafios do Movimento Estudantil da FEUSP naquele momento. Veio a pandemia, que impactou o curso e a vida de todes nós. Agora nos vemos diante de grandes desafios, mas também ares de mobilização ao redor do globo, com nossos vizinhos colombianos nas ruas, com a juventude palestina sem abaixar a cabeça e seguimos defendendo a importância de nos inspirar desses ares e movimentos para pensar o Brasil, a situação da juventude, as lutas daqui, com um programa para organizar os estudantes da FEUSP.

Durante esse período que estivemos à frente do CAPPF, vivemos de perto as dificuldades atravessadas pelos estudantes com permanência, o ensino remoto, os estágios precários, com o retorno inseguro às escolas que passamos como professores ou como estagiários que sequer têm direito à vacina. Somos uma chapa composta por membros da Juventude Faísca e independentes, que tem à frente mulheres, negros, estudantes, LGBTs e educadores.

Acreditamos que nosso Centro Acadêmico deve seguir sendo uma entidade estudantil democrática, combativa e aliada aos trabalhadores, ainda mais em meio ao isolamento social em que vemos uma grande fragmentação entre os estudantes. No último ano obtivemos muita experiência em meio a essa situação atípica que vivemos, conseguindo organizar iniciativas importantes que atendessem as demandas de nós, estudantes, mobilizar o curso junto com professores da FEUSP e estar presentes nos processos de luta que se desenharam mesmo com a pandemia. Isso fica evidente, ainda mais se olharmos os dois anos de gestão do Afronte e da Ação Subversiva antes da pandemia.

Defendemos uma entidade democrática e fortalecida. Justamente por isso, levantamos a proporcionalidade na gestão, que garante que todas as chapas concorrentes façam parte da gestão conforme o número de votos que receberam, possibilitando espaços de debate de ideias e a representação de todos os votos dos estudantes. Para aprovar a proporcionalidade é preciso um Congresso de estudantes da FEUSP, por meio do qual podemos discutir os desafios colocados nesse momento, uma proposta que já havíamos levantado antes, mas que com a chegada da pandemia não foi possível concretizar, mas agora conseguimos obter acúmulo o suficiente nesse último ano de gestão para pensarmos como implementar esse espaço virtualmente da forma mais democrática possível em um período tão atípico.

Naquele período pré-pandemia nosso CA ficou paralisado e quase inexistente, com poucas assembleias que eram chamadas somente sob pressão. Não bastasse isso, havia pouca ligação com os estudantes do curso que não se reconheciam na entidade.

Para mantermos um Centro Acadêmico ativo e ainda mais fortalecido, é fundamental que apostemos na unidade com todes estudantes, com os professores, os coletivos do curso e com os distintos movimentos políticos que constroem o movimento estudantil da FEUSP.

O CAPPF que defendemos e nossas propostas para entidade

Além do Congresso, defendemos outros espaços de auto-organização. No último ano realizamos mais de 15 encontros, entre assembleias e reuniões abertas, sendo espaços importantes de troca entre todes estudantes, em que discutimos o ensino remoto elitista e excludente e saímos com iniciativas importantes, fazendo com que a FEUSP fosse a última a implementar o ensino remoto e garantindo que ela abrisse canais de diálogos sobre o tema. Saímos com denúncias e depoimentos que tiveram centenas de compartilhamentos, nos colocando como um Centro Acadêmico que se colocou contrário à precarização da educação, apresentando uma visão crítica sobre o ensino remoto. Queremos seguir com mais espaços de auto-organização e canais de comunicação.

O ensino remoto tem a ver com permanecer na Universidade. Em relação à permanência estudantil, na pandemia a situação se alastrou com o descaso da reitoria, se expressando recentemente no atraso do pagamento das bolsas que deixou centenas de estudantes desesperados, além da moradia do Crusp e a situação de falta de água e estrutura que deixou os estudantes, especialmente as mães, em péssimas condições sanitárias. A situação da moradia é de completo abandono, o que também tem sido estopim de problemas de saúde mental e até mesmo suicídios, só no último mês foram três casos que tiveram como pano de fundo o completo descaso da reitoria e da SAS. Apoiamos e ajudamos com doações de remédios, itens de higiene e com vakinha online as mães e trabalhadoras informais afetadas pela Covid-19, denunciando a situação do Crusp que também recentemente sofreu com a entrada da PM, demonstrando o absurdo que é a presença da polícia dentro do campus.

Esses ataques à permanência vêm num sentido de precarizar e abrir a Universidade para a privatização. Não podemos aceitar! É preciso defender a permanência estudantil e assistência psicológica, ainda mais neste momento. Por isso também defendemos o reajuste das bolsas, junto a ampliação das cotas raciais, a implementação das cotas trans e a acessibilização de pessoas com deficiência na Universidade. Basta de universidades elitistas onde os estudantes, especialmente negres, não conseguem entrar e romper com o filtro social e racial que são os vestibulares, e quando entram, não conseguem se manter!

Apenas os estudantes organizados, junto aos trabalhadores e docentes, que também têm seu trabalho precarizado pelo ensino remoto, podem levar adiante nossas demandas e necessidades para que ninguém seja ainda mais prejudicado. Justamente por todas as dificuldades que a pandemia nos impõe, queremos manter e avançar ainda mais para construir um CAPPF que organize os estudantes em cada uma de suas demandas frente às imposições autoritárias da Reitoria, como a reedição que querem fazer do Estatuto de Conformidades da USP que persegue o direito de greve e liberdade de expressão de estudantes, funcionários e professores.

Para isso, precisamos nos apoiar no caminho dos processos de resistência que vêm despontando contra os ataques na Universidade e no país. Basta ver a luta dos trabalhadores do Hospital Universitário que arrancou da Reitoria e do governo estadual de Doria um plano de vacinação para todos funcionários efetivos e terceirizados. As centenas de famílias de trabalhadores que construíram a USP com seu trabalho e hoje exigem seu direito à moradia na ocupação do terreno na São Remo, que a Reitoria manteve há anos sem uso e ocioso. A mobilização das trabalhadoras terceirizadas da limpeza na Faculdade de Odontologia, que conseguiu barrar dezenas de demissões em plena pandemia. Ou a greve de professores municipais de São Paulo em defesa da vida e contra o retorno inseguro às aulas que nós fazemos parte por já ou futuramente sermos professores.

Não podemos esperar, precisamos confiar em nossas próprias forças!

Enquanto gestão, nos colocamos ativamente em apoio a cada uma dessas lutas, pois acreditamos que cada estudante de nosso curso pode ser sujeito de transformação da realidade, ao lado dos que hoje se levantam contra os efeitos da crise sanitária, econômica e social.

É por isso que hoje, em meio às mobilizações do 29 de maio e rumo ao próximo dia de luta que está sendo chamado, 19 de junho, é preciso defender essa unidade entre estudantes e trabalhadores, entre estaduais e federais, para organizarmos uma luta implacável contra Bolsonaro e Mourão agora. Não podemos esperar até 2022 como querem o PT e setores do PSOL. Confiando nas nossas forças, não podemos somente apostar em saídas institucionais que coloquem um militar racista como Mourão no poder e que fortalecem o STF e o Congresso que, junto com o próprio Bolsonaro, aprovam reformas, medidas provisórias e ajustes que nos atacam.

Nossa luta precisa colocar abaixo todos os nossos inimigos, se propondo a mudar todas as regras do jogo e não somente os jogadores. Por isso defendemos impor, através de nossa luta, uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que possa, por exemplo, revogar a Lei do Teto dos Gastos que congela a saúde e educação até 2036 e as reformas que tiram nossa perspectiva de futuro, nos fazendo trabalhar precariamente até morrer, sem aposentadoria.

As saídas institucionais não são suficientes. Por isso, defendemos que a UNE e nosso DCE-USP, ambas entidades dirigidas pelo PT, PCdoB e Levante Popular da Juventude, coloquem seu peso nacional para organizar o próximo dia 19 de junho, para unificar com os trabalhadores e a população, resgatando a força que as Universidades demonstraram em 2019 com o Tsunami da Educação, estando na linha de frente contra Bolsonaro em seus primeiros meses de governo.

Não só em 2019 o Movimento Estudantil demonstrou sua força e potência ao estar aliado com os trabalhadores, com os professores e intelectuais, mas ao longo da história, como na ditadura militar, no maio francês de 1968, nas greves da USP que conquistamos direitos, contratação, permanência e barramos ataques. Precisamos nos inspirar nesses momentos, nessas ideias, como fizemos na última semana, quando o CAPPF chamou uma mesa com professores e intelectuais importantes da área da Educação cujo título era Centenário de Paulo Freire: da ditadura ao Brasil de Bolsonaro. Acreditamos na necessidade de mais espaços como esse para retomar a história do movimento estudantil e o legado de Freire.

Chamamos todos a conhecerem nossa chapa e estarem conosco para fortalecer o CAPPF, impulsionarmos espaços cada vez mais democráticos e acessíveis aos estudantes, lutando por nossas demandas cotidianas de agora, mas também pelo direito à educação para que todos tenham acesso pleno ao conhecimento e desenvolvimento de suas capacidades e interesses. Dias 29, 30 e 01 de julho, vote e apoie Transformar a dor em luta!

PROPOSTAS E BANDEIRAS

  •  Continuidade do diálogo com os professores para avançar nos debates sobre o Ensino Remoto.
  •  Aulões construídos pelos estudantes para caloures e disciplinas obrigatórias.
  •  Por um Congresso dos Estudantes da FEUSP que debata qual currículo queremos e cada uma das demandas dos estudantes.
  •  Por um CAPPF proporcional!
  •  Realização de mais uma Semana de Visibilidade LGBT de artistas da FEUSP, como realizado ano passado.
  •  Defesa e ampliação das cotas étnico-raciais e implementação das cotas trans! Rumo ao fim do vestibular para que toda juventude tenha direito à universidade pública, gratuita e de qualidade.
  •  Permanência estudantil para toda demanda! Auxílio permanência de um salário mínimo, creches em todas as faculdades para as estudantes e trabalhadoras mães.
  •  Contratação dos funcionários e professores necessários, com reposição automática, sem contratos precários, em regime de dedicação exclusiva.
  •  Unidade com os trabalhadores e professores para defender a Universidade e a educação.
  •  Efetivação de todas as terceirizadas sem a necessidade de concurso público.
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