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LUTA DE CLASSES
Buenos Aires: Jornada de lutas e repressão do governo nesta sexta-feira
Redação

Logo pela manhã de hoje (11), na capital argentina, aconteceram atos na Ponte de Pueyrredón, fortemente reprimidos pela polícia. Uma jornada de luta por salário, trabalho e moradia, contra a precarização e as demissões. Participam dos atos diversos setores como os sindicatos mais combativos, as organizações de desempregados, o movimento estudantil, trabalhadores e a esquerda.

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Levando a consigna "Basta de reformas”, os setores organizados realizaram diversas ações que incluíram atos no Ministério da educação e no Ministério do Trabalho e encerraram o ato na praça de Maio, às 13 horas.

Esta ação se trata de uma luta unificada que exige vacinas para todos, salários e trabalho, moradia, contra a precarização e as demissões. Entre os organizadores estão os setores que realizaram uma grande assembleia no dia 5 de junho, onde montaram uma mesa de coordenação aberta e votaram a favor de uma ação que ocorreu na segunda-feira. Além disso, realizaram uma reunião que convencionou este ato unitário em conjunto com a plenária da União Combativa, com organizações de desempregados e correntes de esquerda.

Por isso, nesta sexta-feira, estão na vanguarda do movimento: trabalhadores das terceirizadas ferroviárias (MCM, Líderes, Comahue), das empresas de energia elétrica ( EMA, ArgenCobra), ferroviários que perderam seus empregos, trabalhadores da LATAM, famílias que lutam por moradia, trabalhadores da linha de frente dos setores da saúde, entre outros. O apoio às lutas desses diferentes setores é um dos objetivos dos atos desta sexta-feira.

As manifestações também levaram à frente reivindicações de outros setores de trabalhadores, bem como das organizações de desempregados que denunciam a fome e exigem um aumento na oferta e da qualidade de programas sociais, assim como os movimentos estudantis de oposição. A exigência de que as centrais sindicais rompam seus pactos com o governo e tomem medidas de força é outra das propostas que estão sendo colocadas nesta sexta-feira.

As manifestações iniciaram logo pela manhã na ponte Pueyrredón, onde estes trabalhadores foram reprimidos com cassetetes e bombas de lacrimogêneo. Entretanto, apesar da repressão, os manifestantes continuaram o ato, que seguiu sendo acompanhado pelo Izquierda Diario, o Esquerda Diário na Argentina.

“Estamos lutando por pão para os nossos filhos e nos reprimem” disse, Ricky, um dos muito trabalhadores que estiveram nesta manhã na ponte e tiveram suas expectativas destruídas com os governos de Alberto Fernandes e do prefeito Axel Kicillof, que já havia reprimido em Guernica milhares de famílias desalojadas em prol da especulação imobiliária.

Os cortes e as mobilizações ocorrem em meio a uma grande crise. As negociações com os laboratórios levou ao fracasso os planos de vacinações na Argentina, e as mortes pela pandemia de Covid-19 continuam a crescer. O teto salarial, imposto para cumprir as exigências do FMI, atinge diretamente os bolsos da classe trabalhadora. O nível de pobreza não para de crescer enquanto o governo continua a cumprir o pagamento da dívida pública. É por isso que a mobilização aponta para a responsabilidade do Governo na crise social e sanitária que acontece na Argentina, o que leva aos atos encerrarem seu percurso na Praça de Maio.

O Movimento de Agrupações Classistas, a Rede de Trabalhadores Precários e Informais e o PTS (organização irmã do MRT na Argentina e que impulsiona o La Izquierda Diario), tem apoiado a coordenação destes setores em luta e a unidade entre os trabalhadores empregados e desempregados; Está unidade chamará a participação de diferentes setores na luta contra as reformas nesta país.

 
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