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USP
Após 1 ano da CPI do estupro, apenas um estudante suspenso
Babi Dellatorre
Trabalhadora do Hospital Universitário da USP, representante dos trabalhadores no Conselho Universitário

A CPI que identificou mais de 110 estupros cometidos com conivência da diretoria da Faculdade de Medicina e Reitoria da USP completa um ano em março com apenas 1 estudante suspenso.

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Após quase um ano desde o encerramento da CPI das Universidades que investigava os casos de estupro na Faculdade de Medicina na USP, apenas um estudante foi impedido de colar grau no curso de medicina (link para a notícia).

Em março de 2015, foram encerradas as investigações que apontaram a ocorrência de mais de 110 estupros e mesmo assim vários estudantes suspeitos de envolvimento direto puderam se formar no final deste ano.

A reitoria, à época, criou o programa USP Mulher ligado à ONU e empresas privadas para atuar na conscientização de homens buscando combater a violência às mulheres dentro da Universidade. Entretanto, não atendeu às reivindicações do movimento de mulheres definidas no Encontro de Mulheres Estudantes da USP e ameaçou as participantes do ato ocorrido no final de setembro que denunciava os estupros no campus.

O acobertamento dos casos de violência, o corte das vagas nas creches, o descaso com a iluminação do campus, a falta de ônibus à noite, o fechamento do campus à população tornando-o deserto e a super exploração de mulheres em funções de cozinha e limpeza, são algumas das medidas adotada pela reitoria que levam ao movimento de mulheres estudantes e trabalhadoras e, também, algumas professoras a identificarem que a opressão às mulheres na Universidade é exercida desde a direção e, portanto, é um machismo institucionalizado.

Em base à isso, denunciam que tanto o ONU Mulheres como o Centro de Direitos Humanos criados pela reitoria não resultaram em nenhuma melhoria para as mulheres sendo apenas uma forma de limpar a reputação da principal universidade do país. Assim, reivindicam atuação independente de coletivos feministas, entidades estudantis e sindicais para averiguação dos casos e combate à violência contra as mulheres.

 
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