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VACINAÇÃO DOS PROFESSORES
"Educadores de SP começam a vacinar depois de muita luta" - Marcella Campos, diretora da APEOESP
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Reproduzimos aqui declaração de Marcella Campos, professora da rede estadual de São Paulo e diretora da APEOESP, parte do Nossa Classe Educação, comentando sobre o início da vacinação aos profissionais da educação até 18 anos.

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"Hoje, sexta-feira, começou a vacinação da Covid-19 aos profissionais da educação de 18 a 44 anos do plano do governo Doria em São Paulo, depois de nesta semana ele ter anunciado essa antecipação.

Depois de muita luta, de greve dos professores municipais e estaduais de SP e muita pressão de nossa parte, finalmente teremos vacina para os profissionais da área da educação, com na realidade 5 meses de atraso, estes trabalhadores que estiveram na linha de frente contra a reabertura insegura das escolas imposta a qualquer custo pelo mesmo governo Doria, mesmo sem termos condições estruturais nas escolas na rede pública que muitas vezes sequer tem água e luz, são vacinados.

O governador, com objetivos políticos e de olho nas eleições de 2022, se usa daquilo que não era nada além de sua obrigação, vacinar contra a Covid, para se colocar como responsável e crítico ao negacionismo absurdo de Bolsonaro. Porém seu passado "BolsoDoria" não se apaga. Foi justamente Doria o responsável por fazer com que os professores e toda a comunidade escolar se expusessem ao vírus no retorno presencial inseguro.

Já são milhares de profissionais da educação que tiveram suas vidas e de seus familiares arrancadas pelo descaso do governo federal e também de Doria, pela falta de um plano de emergência de combate à pandemia. Por isso mesmo que hoje, que a vacinação se estende até os 18 anos, devemos comemorar que finalmente todos teremos acesso à vacina, mas também exigir condições estruturais, testes para todos e vacina para toda a comunidade escolar, incluindo todos os funcionários, como os estagiários que estão de fora do plano do governo, os estudantes e suas famílias.

O começo da vacinação conquistada depois de muita luta pelos professores, acontece uma semana antes dos atos chamados para o 19J, continuidade do 29M, que mostrou a força dos estudantes e também o rechaço ao bolsonarismo, com dezenas de milhares nas ruas exigindo Fora Bolsonaro e Mourão e vacina para todos. Para o dia 18, a APEOESP está chamando uma paralisação dos professores, é fundamental também que este sindicato construa de fato em cada escola esta paralisação rumo ao dia 19, e que as centrais, como a CUT e CTB, CUT que dirige a própria APEOESP, construam desde a base este dia de luta, com assembleias e espaços de discussão.

Hoje, com a possibilidade de sermos vacinados, honramos e lembramos a vida de cada trabalhador e educador que teve sua vida arrancada não só pela Covid, mas pela política dos governos que defendem o lucro em primeiro lugar e nada se importam com nossas vidas. É urgente a quebra das patentes das vacinas sem indenização para as empresas."

 
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