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GARIS
Em São Paulo e Porto Alegre garis paralisaram as coletas e mostram o caminho
Taciana Garcia

Ontem (8) nas cidades de São Paulo e Porto Alegre os garis paralisaram as coletas, por vacina como no caso de SP e pelos direitos que não vem sendo pagos no caso de Porto Alegre.

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Foto: Reprodução Facebook/Veja SP

O aumento da precarização dos postos de trabalho vem numa crescente desde o golpe institucional de 2016, o descaso das gestões estaduais e federal com a vida do conjunto da população se tornando mais clara a cada dia. Diante de uma situação nacional caótica, com uma nova onda da pandemia, desemprego, fome, baixos salários, vacinação a passos de tartaruga, os garis em SP paralisaram suas atividades ontem (08), reivindicando serem incluídos do plano de vacinação do Governo Doria, do qual foram excluídos. Uma categoria que nunca parou de trabalhar e sempre teve exposta ao contágio,

Em Porto Alegre, o serviço de coleta também foi paralizado no dia de ontem (08), os trabalhadores, terceirizados da empresa B.A Meio Ambiente, reclamaram a falta de férias e o não pagamento do benefício. A maioria dos trabalhadores são imigrantes.

Um dos serviços mais precarizados no nosso país é o da limpeza. Onde se encontram péssimas situações de trabalho, descaso, além de salários muito baixos, Diante da crise em que o país se encontra, vê-se como essa categoria é diretamente atingida. Excluídos do plano de vacinação do Doria ou sem férias e direitos com a terceirizada do governo Melo em Porto Alegre.

A situação dos garis é um exemplo da situação de milhares de trabalhadores que todos os dias enfrentam a lotação do transporte público e se deparam com seus governos irresponsáveis e suas políticas de morte. Desde o começo da pandemia a falta de testes, insumos básicos, EPIs e agora da vacina é mais um exemplo de pra quem governam, que priorizam o lucro à vida. Já nos aproximamos do meio milhão de mortos, e nesse um ano e meio de pandemia a classe trabalhadora pagou com sua vida os custos dessa crise.

Os garis dão exemplo de qual saída poderá de fato nos levar a uma superação dessa crise. Para ter medidas mínimas e emergenciais contra a pandemia, mas também por melhores condições de trabalho e de vida, é preciso questionar o governo de conjunto, o caminho que apontam os garis, paralisando os serviços, colocam os lucros das empresas em cheque. O movimento de massas que foi pra rua dia 29M e que se organiza novamente para o dia 19J, tem a tarefa de questionar não o Bolsonaro, mas todo o seu governo com Mourão e os Militares, também todos os administradores do regime do golpe institucional, governadores, congresso, STF. Esses são os responsáveis pelas mortes, pela falta de vacina, pela carestia de vida. Os garis mostram o caminho com a paralisação; somente os métodos de luta da nossa classe, poderão dar uma saída para nossa classe. As saídas institucionais do regime como a CPI da Covid ou a espera por 2022 nos levarão a mais mortes, a mais fome, a mais desemprego.

Daí a importância de apoiar esses embriões da luta, massificar os atos do 19J com construção desde as bases com assembleias democráticas, onde todos tenham voz e voto. As centrais sindicais (CUT, CTB) e direções do movimento estudantil (UNE) tem esse papel nesse momento, além de buscar unificar a lutas de estudantes e trabalhadores, também unificar a luta de todas as categoria e construir uma jornada de luta que questione de fato toda a podridão desse regime.

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