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JUSTIÇA POR KATHLEN
Kathlen é mais uma vida negra ceifada pela polícia, Castro e Bolsonaro são responsáveis
Redação

Uma jovem trabalhadora negra e grávida andava pelas ruas do Complexo Lins, no Rio de Janeiro. Horas antes fez uma postagem dizendo “Bom dia bebe” e que estava feliz com sua primeira gravidez. Essa poderia ser uma história comum e até mesmo trivial, mas não no Brasil de Bolsonaro e no Rio de Janeiro de Claudio Castro, não no capitalismo. Kathlen Romeu foi assassinada pela polícia do RJ que nesse momento fazia uma operação ilegal em Lins de Vasconcelos, um dos lugares onde existe a UPP, que de pacificadora, não tem e nunca teve nada.

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foto: Reprodução

Kathlen Romeu foi morta aos 24 anos em meio a uma ação policial, que acontece de forma ilegal, em Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro. Kathlen foi atingida por um disparo e já chegou ao hospital sem vida. Segundo testemunha:

“Ela estava grávida, ela era modelo. Os polícia [sic] entra na favela assim, diariamente, atirando. Eles não querem saber se tem morador, se tem criança. A gente não tem direito de ir e vir.”

O pior é que o caso escandaloso da jovem Kathlen, que teve sua vida e de seu filho interrompidas pelas balas da polícia, não é um caso isolado, seja porque vivemos há pouco tempo a chacina mais letal da história do Rio de Janeiro, com Jacarezinho, seja porque Kathlen é a 15ª grávida baleada no RJ desde 2017, em que oito morreram.

Até quando? Bolsonaro e Castro querem fazer do Rio de Janeiro um exemplo nacional de um estado ainda mais policialesco e reacionário, onde nem mesmo a ADPF das favelas feita pelo autoritário STF é respeitada, e fazendo diversas operações ilegais da polícia, onde a repressão e as balas são parte da vida cotidiana da população e dos trabalhadores e encontram dia a dia os corpos negros. Operações policiais que tem como objetivo movimentar os negócios do crime organizado em que o Estado capitalista é parte.

No mesmo Rio de Janeiro, durante essa semana em Niterói, a jovem Vitória foi esfaqueada por um amigo e morreu vítima de feminicídio. O aumento da violência machista, que chega a 127% em 4 anos no RJ, também é fruto de uma extrema direita que odeia as mulheres, negros e lgbts e que fortalece discursos e ações violentas contra os setores oprimidos.

Para enfrentar esses cenário é preciso transformar o luto e a dor em luta, é preciso que o movimento negro, de mulheres e lgbts, convoquem mobilizações junto aos sindicatos, para unificar os setores oprimidos e os trabalhadores para enfrentar Bolsonaro, Mourão, Castro, a violência policial, e todo machismo, racismo e lgbtfobia, como vimos também no recente caso um jovem gay em Santa Catarina que sofreu um estupro coletivo e foi tatuado com palavras homofóbicas.

Os atos que estão sendo chamados para dia 19 pode ser um dia fundamental para expressar nossa revolta, organização e luta e para preparar uma grande paralisação nacional contra o governo Bolsonaro, Mourão e que precisa levantar a luta contra a violência policial e as opressões.

 
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