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PETROBRAS
Petrobras Biocombustivel persegue grevistas em meio a suspensão da greve e negociações
Redação

A Petrobras Biocombustível (PBIO) está perseguindo os trabalhadores grevistas querendo intimidá-los a não resistir à privatização, não lutarem por seus empregos. Os trabalhadores tiveram seus salários de maio cortados, vários deles recebendo contracheques negativos e agora em junho – mesmo com a greve suspensa – a empresa cortou o adiantamento salarial dos que fizeram greve em maio.

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A subsidiária da Petrobras está tentando fazer de tudo para amedrontar os trabalhadores que protagonizaram uma forte greve durante mais de duas semanas até sua suspensão no dia 03 para aguardar o desfecho de audiências de conciliação no TST.

A greve da PBIO paralisou as duas unidades de biocombustível em Candeias (BA), Montes Claros (MG) e a sede do Rio de Janeiro. Temendo que os trabalhadores possam seguir em luta em defesa de seus empregos e contra a privatização a empresa começou a perseguir os grevistas tentando impedir que os trabalhadores decidam retomar sua greve. O TST solicitou parecer da Petrobras holding frente ao pleito dos trabalhadores, dando como prazo hoje, dia 08. Até o momento de publicação desta matéria (19:12) não havia notícia ainda de pronunciamento da empresa.

A empresa demonstra descaso com os trabalhadores ao mesmo tempo que não poupa esforços para intimidá-los. A perseguição passa por uma série de medidas. Uma delas são as quase diárias declarações que a “greve não atende requisitos legais”, sem sequer que o judiciário tenha julgado a greve. Mas o modo principal de perseguição está no bolso, em persecutórios cortes salariais.

Em maio a empresa cortou os salários dos grevistas, sem sequer aguardar negociação ou julgamento sobre os dias parados. Para acrescentar provocação a empresa descontou imposto de renda dos trabalhadores sobre a base de 30 dias de salário mas só pagou 19dia, o resultado é que isso somado a descontos do uso do plano de saúde levou muitos trabalhadores a terem salários negativos.

Agora em junho a empresa rasgou o acordo coletivo vigente. O acordo prevê adiantamento salarial no dia 10 e fechamento de salário no dia 25. Porém a empresa resolveu que quem fez greve em maio não é elegível ao adiantamento, desorganizando as contas de centenas de pessoas.

Essa perseguição visa amedrontar os trabalhadores para que não lutem em defesa de seus empregos e contra uma privatização ordenada pelos militares que presidem a Petrobras para entregar as instalações, o know-how e as pessoas para ajudar o agronegócio a ter ainda maiores lucros no país, substituindo diversos processos da PBIO relacionados a pequenos produtores pela produção do latifúndio, da destruição do meio ambiente.

A perseguição aos petroleiros da PBIO acontece em meio a outras mobilizações de petroleiros, como as greves em duas unidades de Alagoas e diversas greves que aconteceram em diversas unidades da Petrobras ao longo do ano. É necessário unificar todos petroleiros contra as privatizações e em defesa de todos empregos, denunciar a perseguição e exigir de todos sindicatos petroleiros o repúdio a perseguição na PBIO e medidas pela unidade de toda a categoria.

 
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