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METRÔ SP
Luta dos metroviários arranca direitos no TRT! Mobilização pelo pagamento já!
Chapa 4 - Nossa Classe Metroviários

Com forte mobilização, os metroviários de SP arrancaram do TRT uma decisão mantendo a maior parte dos direitos e reconhecendo o direito à reposição da inflação do último ano. Logo antes, a assembleia rechaçou a proposta da CTB/CUT de aceitar os ataques de Doria. Mas não podemos confiar na justiça, o Metrô provavelmente vai tentar reverter a decisão e não pagar os direitos. Só construindo a mobilização e a aliança com a população e a juventude que foi pras ruas vamos conseguir impor a derrota desta linha da empresa e de Doria.

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Foto: Reprodução/Facebook Sindicato dos Metroviários de São Paulo

Os metroviários estão trabalhando na linha de frente durante toda a pandemia, apesar da contaminação de mais de mil trabalhadores, e a morte de dezenas de colegas - como a metroviária Mayumi, de 34 anos, há poucos dias - e enfrentando as tentativas de Doria e da empresa de retirar direitos, enquanto para os grandes empresários donos das linhas privadas, só no mês passado deram mais de um bilhão de reais em subsídio. Na última semana foi além, e vendeu o terreno onde os trabalhadores construíram a sede do sindicato há mais de 30 anos. E nesta semana realizou os pagamentos cortando todos os benefícios, até mesmo auxílio-transporte, auxílio-creche, o auxílio para pais de crianças com deficiência.

A luta dos metroviários vem muito forte, como se demonstrou na greve do dia 19 e em uma série de ações, como o ato da manhã desde dia 2 na radial leste, e essa mobilização arrancou do TRT-SP, nessa tarde, uma decisão com termos que os trabalhadores já haviam aceitado em uma tentativa de conciliação anterior, que fracassou pela intransigência do Metrô, que mantém os direitos conquistados anteriormente em acordo coletivo e reconhece o direito à reposição da inflação oficial do último ano, de 7,8% - apesar de incluir cortes temporários de adicionais noturno, de férias e tempo de serviço, e não repor a inflação do ano anterior.

Para chegar a isso foi preciso também, os trabalhadores precisaram também rechaçar em assembleia, logo antes do julgamento, a proposta da Chapa 1, a maior da diretoria do sindicato, composta por CTB e CUT, que defendeu aceitar os ataques do Metrô.

Veja aqui a defesa de Fernanda, diretora do sindicato como minoria pela Chapa 4 - Nossa Classe, contra essa proposta, chamando a fortalecer a mobilização em aliança a população e a juventude, sem nenhuma confiança na justiça.

Mas isso não encerra a tentativa de Doria de arrancar nossos direitos, nem a nossa luta! O Metrô provavelmente vai tentar reverter essa decisão na justiça, recorrendo ao TST. E não podemos confiar na justiça! E nem em Doria, que se puder vai continuar não pagando nossos direitos, deixando até mesmo as crianças, inclusive com deficiência, filhas de metroviários que tiveram auxílio-creche cortado, desamparadas. Só será possível impor a garantia dos nossos direitos construindo a mobilização e apostando na nossa luta independente, na aliança com a população que apoiou a greve, e com a juventude que tomou a linha de frente das ruas no último dia 29 contra Bolsonaro e os ataques que estão jogando a crise social, sanitária e econômica nas costas dos trabalhadores e da juventude.

Por isso, nós da Chapa 4 - Nossa Classe chamamos as demais chapas da diretoria do sindicato, em particular a esquerda que compṍe as chapas 2 e 3, formadas por PSTU, PSOL e UP a rever a posição que vieram tendo, esfriar a mobilização e esperar passivamente da justiça - como quando defenderam encerrar a greve que estava forte e tinha apoio da população, e desde então não realizaram assembleias democráticas para votar um novo indicativo de greve e outras propostas contra o corte dos pagamentos.

Chamamos a rever essa linha para construirmos em unidade, defendendo na assembleia deste dia 3, um forte plano de mobilização imediato, que fortaleça a luta para impor agora ao Metrô o pagamento de todos os direitos que cortou no último pagamento e o cumprimento da decisão que a luta arrancou do TRT. E que as centrais sindicais, em primeiro lugar CUT e CTB que são maioria no nosso sindicato, organizem assembleias nos locais de trabalho para construir medidas de apoio e solidariedade a essa luta, mas também para construir uma paralisação nacional que unifique nossa classe com a juventude que saiu às ruas contra o conjunto dos ataques e por Fora Bolsonaro, Mourão e os militares.

 
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