FOTO: SERGIO LIMA
O governo Bolsonaro avançou em medida que permite que deputados e senadores ampliem o repasse de emendas às suas bases como transferências especiais, isto é, um mecanismo que lhes permite não precisar dizer onde estes recursos estão sendo usados e sem ter nenhuma fiscalização de órgãos federais. Basta o parlamentar falar qual cidade deve receber o dinheiro, e os recursos caem direto na conta da prefeitura, que não precisa prestar nenhum esclarecimento de para onde o dinheiro vai.
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Se, até o dia 10 de junho, os parlamentares decidirem que pretendem usar as transferências especiais para repassar a verba que destinam aos estados via emendas de bancada, então estas transferências especiais serão um gasto absurdo de R$ 9,3 bilhões.
Bolsonaro e parlamentares golpistas esbarram na possibilidade do STF (Supremo Tribunal Federal) barrar a medida. O ministro Dias Toffoli irá julgar se a ação é constitucional ou não.
Bolsonaro se apropria do dinheiro público para comprar o Centrão e garantir que os ataques contra a classe trabalhadora, a juventude e o povo pobre sejam aprovados. Realiza gastos obscenos e execráveis para comprar políticos, ao mesmo tempo em que cortava o auxílio emergencial para valores menores do que o necessário a qualquer família se sustentar dignamente e prorrogava a notória MP da Morte. De um lado parlamentares engordando os seus bolsos com bilhões de reais, e de outro lado o aumento da fome, da extrema pobreza, das mais de 460 mil mortes por Covid-19 e do desemprego.
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