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FORA BOLSONARO, MOURÃO E MILITARES
6 motivos para lutar contra Bolsonaro sem esquecer Mourão
Redação

No último sábado (29/05) fomos mais de 100 mil nas ruas em um dia de luta contra os cortes nas universidades e institutos federais e contra Bolsonaro. Nós do Esquerda Diário tivemos a oportunidade de distribuir um cartaz que dizia “Fora Bolsonaro, Mourão e militares”, distribuído aos milhares em diversas capitais, que muitíssimos levantavam e geru até mesmo meme sobre briga de condomínio. Em meio a tantos ataques e a decisão consciente de partidos políticos como o PT, PSOL, Unidade Popular, de colocar o “Fora Bolsonaro” à frente, junto à defesa de um impeachment para supostamente “não esperar até 2022”, trazemos neste texto cinco motivos para seguir construindo a luta contra Bolsonaro sem esquecer Mourão.

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1) Forte apoiador da degradação da Amazônia e do Pantanal

Mourão é chefe da Comissão da Amazônia que deveria atuar na proteção da floresta, mas o real papel do vice-presidente, como representante de uma grande ala dos militares de alta patente, é na manutenção dos interesses do agronegócio. Os militares estão organicamente ligados às madeireiras e os latifundiários da região Norte e Centro-Oeste do país, lucrando desenfreadamente com a destruição das florestas. O Exército tem conhecimento pleno sobre os acordos ilícitos com a economia extrativista e se beneficia com a expansão da fronteira agrícola sobre limites amazônicos. Por esses motivos, o vice-presidente não tem o menor interesse em responsabilizar os capitalistas que destroem o meio ambiente, não sendo assim uma saída para crise ambientalista criada pelo capitalismo. Mourão também é defensor do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Assim como Bolsonaro, Mourão não esconde os interesses na degradação da Amazônia e do Pantanal em nome do lucro para os grandes latifundiários ao lado da bancada do boi.

2) Apoiador dos massacres e ataques aos povos Yanomamis

Não é segredo o ataque e a perseguição do governo Bolsonaro aos povos originários, como os yanomamis que desde a década de 80 foram massacres e tomadas de suas terras. São pelo menos 4 massacres nas últimas décadas, que se tem registro, além do período da ditadura militar no país, que também tem massacres na conta. Os militares nada tem feito para impedir a ação do garimpo ilegal na região, poque lucram muito com as atividades ilicitas de extrativismo na região amazonica, Mourão sendo chefe da Comissão da Amazonia nada faz para defender a floresta, mas na verdade é uma via de controle e lucro das altas patente corruptas e assassinas. A defesa desses povos não vira colocando Mourão diretamente no poder, pois ele responde aos interesses da classe dos militares e aos lucros capitalistas.

3) Protetor dos privilégios dos militares

Em 2020 os privilégios dos militares tiveram um acréscimo de R$5 bilhões, em meio a crise sanitária e social, enquanto a população vem morrendo de fome e o país volta ao mapa da fome, os militares acrescentam bilhões de reais a suas contas. São benefícios dado diretamente a polícia assassina que promove chacinas como a de Jacarezinho. Os gastos com os militares é prioridade do governo Bolsonaro, que se mantém tendo como base a bancada da bala, e tal fato não seria diferente nas mãos do vice-presidente que faz parte do alto escalão de generais do Exército. O compromisso de Hamilton Mourão não é com o povo que está morrendo de fome, desempregado ou pelas balas da polícia, mas sim com a classe que mata e reprime a juventude negra e periférica. Por isso, não podemos depositar a força de luta da nossa classe para colocar Mourão no poder.

4) Símbolo do autoritarismo extremo das forças armadas

Em diversos discursos o vice-presidente, Hamilton Mourão, homenageia o golpe de 64 e exalta a ditadura militar. Como um general de alta patente do Exército, o general vê com bons olhos uma das fases mais terríveis que a sociedade brasileira passou. Mais que um elogioso do regime ditatorial, assim como Bolsonaro, Mourão é um símbolo da alta patente de generais, do autoritarismo extremo e das forças armadas.

5) Mourão fez parte do alto escalão do exército e ainda faz parte do alto escalão de generais

Esse alto escalão do Exército, foi parte importante no apoio ao golpe institucional de 2016 e na prisão do Lula, por meio de pressão ao STF, articulando dessa forma a ascensão de Bolsonaro à presidência da República. Essa mesma ala militar de alta patente representada por Mourão também apoia nas investidas golpistas do Brasil na américa latina, como é o caso da Colômbia, ou então o apoio que o governo Bolsonaro oferece aos governos repressivos de Ivan Duque (Colômbia) e de Sebastián Piñera (Chile). Dessa forma, manter Mourão no poder é manter parte importante de uma ala golpista que ataca a classe trabalhadora e a juventude de conjunto.

6) Mourão é inimigo das mulheres

Além de não defender, muito menos garantir o direto das mulheres ao aborto, seus heróis incluem o torturador e assassino Coronel Brilhante Ustra, as mulheres tiveram um tratamento em muitos casos mais violentos ou psicológica e moralmente mais degradantes devido ao gênero, que foi tido como uma via a mais de impor as torturas. São diversos os relatos de ex-presas políticas que conseguiram sobreviver. Inúmeros casos de estupros, espancamentos, inclusive de mulheres grávidas, abortos forçados ou partos antecipados de cesáreas a sangue frio, obrigação de que estivessem sempre nuas, negação de absorventes nos períodos menstruais, tiros nos seios, choques na vagina e obrigação de que os filhos vissem suas mães serem torturadas são alguns dos muitos mais atos que os heróis de Mourão e Bolsonaro praticaram e dos quais seguem impunes, graças a lei da Anistia.

Mas se lutamos contra Bolsonaro, Mourão, e os militares e defendemos que não podemos ter qualquer confiança no Congresso Nacional e no STF, que atacam nossos direitos e perseguem os que lutam, o que podemos defender? Convidamos todes a conhecer a defesa de que nossa luta defenda a implementação de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, livre para decidir sobre os rumos do país e não ter nada que não possa tocar, e soberana para que suas decisões estejam acima de qualquer outro órgão do Estado. Com representantes eleitos que possam decidir pela revogação das reformas, pelo fim da Lei de Teto de Gastos, pelo não pagamento da dívida pública, e outras medidas que ataquem os lucros capitalistas. Defendemos um governo operário dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo, mas como experiência das massas com a democracia burguesa e como forma de se chocar contra as instituições do regime golpista que vivemos, propormos uma assembleia constituinte livre e soberana que possa atacar os lucros capitalistas, o que levará a necessidade de se enfrentar com a repressão estatal e para isso será essencial a auto-organização e autodefesa da classe trabalhadora junto aos estudantes e oprimidos, para assim avançar rumo a um governo de trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

 
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