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"Não adianta dizer que não dá pra esperar 2022 e na prática defender a entrada de Mourão", diz Diana
Redação

Hoje aconteceram e acontecem dezenas de manifestações pelo país inteiro contra Bolsonaro, que tiveram como estopim os cortes na educação do governo de extrema-direita, com aprovação do Congresso Nacional. As ruas mostram o caminho do enfrentamento contra a agenda de cortes e de ataques e que não dá para esperar 2022. Conversamos com Diana Assunção, dirigente do MRT, sobre as saídas institucionais apontadas pelo PT e pela esquerda.

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Hoje o El País soltou uma matéria com Guilherme Boulos em que ele diz que ‘essa ideia de esperar até 2022 é de quem está descolado da realidade do povo brasileiro’, que não dá pra esperar ver o Bolsonaro sangrar até 2022, sendo que também falou que ‘há tempo hábil para abrir um processo de impeachment que afaste Bolsonaro até o início do ano que vem’ (sic).

Na verdade, a luta é aqui e agora, as mobilizações de hoje mostram que o caminho vai se dar pelas ruas mas inclusive precisariam ser potencializadas com um chamado de paralisação nacional por parte dos sindicatos. Desde manhã, estudantes e trabalhadores estão se manifestando no país inteiro contra Bolsonaro, numa mobilização que estourou por causa do corte bilionário na educação, que ameaça fechar universidades federais, mas que ganhou corpo contra Bolsonaro. Os cortes foram sancionados por Bolsonaro e aprovados pela Câmara e o Senado golpistas. Enquanto acontece o teatro da CPI da Covid, eles estão unificados e aprofundar as privatizações e as reformas, como a gente pode ver com a privatização da Eletrobrás e a Reforma Administrativa na CCJ da Câmara. São mais de 450 mil mortes por covid, fome, desemprego, que são de responsabilidade do negacionismo de Bolsonaro e também dos governadores.

Então não adianta falar que não dá pra esperar 2022, como diz Guilherme Boulos quando sua política é a mesma política do PT de impeachment. Na prática significa pegar toda essa força que está se demonstrando hoje das mobilizações para terminar na prática colocando o general Mourão no poder, este seria o resultado do impeachment.

Por isso, nossa bandeira tem que ser ‘Fora Bolsonaro, Mourão e os militares’. Exigindo, inclusive, que as entidades que o PT dirige, como os sindicatos filiados à CUT, mas também a CTB e a UNE (União Nacional dos Estudantes), dirigidas pelo PCdoB, saiam da paralisia pra unificar a luta dos estudantes com a luta dos trabalhadores, contra a agenda de cortes nas federais e a agenda de ataques que estão em curso, que também estão sendo levadas pelo Congresso Nacional, pelo STF, que são parte desse regime do golpe institucional de 2016. Então não dá pra falar que a luta é agora e na prática ter a mesma política que o PT tem que é nada mais do que campanha eleitoral pra Lula. Nós do MRT lutamos por Fora Bolsonaro, Mourão e os militares e defendemos que os trabalhadores e a juventude inclusive não lutem somente pra mudar os jogadores e sim as regras do jogo, batalhando por uma nova Constituinte, livre e soberana imposta pela luta.

 
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