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29M
Atos contra Bolsonaro já superam atos bolsonaristas financiados pelo agronegócio
Redação

Na manhã de hoje, 29 de Maio, dia de luta contra Bolsonaro e o corte bilionário na educação, que ameaça fechar universidades federais, as ruas de diversas cidades pelo país estão tomadas, a contragosto da grande mídia, já superando as manifestações bolsonaristas financiadas pelo agronegócio que ocorreram nas últimas semanas.

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No Recife, mais de 3000 pessoas se concentraram na Praça do Derby, demonstrando seu repúdio ao governo Bolsonaro que além de responsável por 459 mil mortes de brasileiros na pandemia, também quer acabar com as universidades federais. Trabalhadores da CHESF (Eletrobrás), professores, funcionários da UFPE e estudantes nas nas ruas mostrando para barrar os cortes na educação e os ataques à classe trabalhadora.

Em Brasília, mais de 1500 estudantes e trabalhadores se concentraram em frente ao Museu Nacional, contra o corte orçamentário às federais, por meio da aprovação da Lei Orçamentária, sancionada por Bolsonaro e aprovada pela Câmara e Senado, que retirou bilhões do orçamento anual, fazendo com que as universidades federais voltassem ao orçamento que tinham em 2004.

No Rio de Janeiro, em ato que ocorre em frente ao Monumento Zumbi, a revolta se expressa também contra a violência policial do governador Claudio Castro. A presença da mãe de Marcus Vinicius, assassinado pela polícia faz 3 anos, cristaliza que não se tratam de acidentes ou de maçãs podres da polícia, se trata do modus operandi da Polícia que depois assassinou João Pedro, a menina Agatha e tantos outros. Há cerca de 15 dias atrás, a Polícia Civil do Estado, entrou na favela do Jacarezinho e cometeu uma chacina que deixou 29 mortos, cujos nomes dos envolvidos está em sigilo.

Em Campinas, a concentração ocorreu no Largo do Rosário e pela manhã já contava com mais de 2000 pessoas. Os manifestantes responsabilizam o governo pelas mais 450 mil mortes no país, na cidade que conta com 100% de ocupação dos leitos públicos e com mais 3300 mortos por covid-19.

Isso demonstra que as manifestações pelo país já superam as manifestações que contaram com a presença do próprio negacionista Bolsonaro, e também que as forças dos estudantes, juventude trabalhadora, professores, trabalhadores, mulheres, negros, LGBTQI+, estão descontentes com Bolsonaro, com o fortalecimento da polícia, com os ataques do regime político herdeiro do golpe institucional de conjunto. É uma disposição que a juventude brasileira demonstra, se contagiando com os ares da Colômbia, em que a população diz: “quando o povo sai nas ruas em meio a pandemia, é porque o governo é mais perigoso que o vírus”.

Veja também: 29M: Atos contra Bolsonaro acontecem em diversos locais do país

As manifestações de hoje já superam os atos dos barões do agronegócio apoiadores de Bolsonaro com suas ameaças golpistas. Atos negacionistas que defenderam o fim das medidas de isolamento social. Com a defesa do voto impresso, se comprometeram com as ameaças de Bolsonaro de contestar uma eventual derrota eleitoral dele em 2022. A grande burguesia do agronegócio constitui um setor burguês de sustentação do governo Bolsonaro. O escândalo do “tratoraço”, a compra de parlamentares do Centrão através de tratores superfaturados para fazer obra nas estradas, deixou bastante explícita a relação entre Bolsonaro, o agronegócio e as oligarquias regionais. São um setor chave na economia brasileira hoje, que depende cada vez mais da venda de commodities como soja, carne e ferro, no mercado internacional, em especial para China.

Bolsonaro, que fez passeata no Rio de Janeiro de moto junto com policiais, sem máscara, cumprimentando pessoas vestidas de verde e amarelo, fazendo discurso de Bolsonaro com seus apoiadores, contando com a participação de políticos como o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pode ser derrotado e são as ruas que mostram o caminho.

Seus atos reacionários já tinham sido respondidos com panelaços pedindo sua saída da presidência, responsabilizando-o pelas mais de 400 mil mortes no país por conta de todo o seu negacionismo e descaso com a vida dos trabalhadores, que levou a vermos expressões suas dizendo que o vírus era somente uma "gripezinha" assim como a forma absurda que lida com a pandemia não fornecendo testes, leitos e hospitais, e vacinas para toda a população.

Hoje, durante todo o dia ocorrerão ainda mais manifestações em diversas cidades pelo país. É necessário tomar as ruas e não confiar em saídas que apontam para uma espera passiva das eleições de 2022, como faz o PT, agitando uma desarticulação desonesta da mobilização, com a desculpa da segurança sanitária.

Veja também: "O ‘Fica em casa’ não é pra nos proteger da pandemia, é pra conter as mobilizações", diz Marcello Pablito

Por isso, fazemos um chamado para todos tomarmos as ruas no país com toda segurança sanitária possível, assim como exigimos da CUT, e também da CTB, dirigida pelo PCdoB, e da União Nacional dos Estudantes (UNE), maior entidade estudantil do país, dirigida pela UJS (juventude do PCdoB), pela juventude do PT e pelo Levante Popular da Juventude, que rompam com o divisionismo entre trabalhadores e estudantes, para realizar assembleias em cada local de estudo e trabalho para organizar um plano de luta real contra os cortes, as privatizações e as reformas.

Não podemos aceitar nenhum tipo de chantagem e cair na passividade na espera das eleições de 2022. Todos os estudantes da base que discutiram nos cursos, em assembleias e mesmo que se auto-organizaram para ser parte dos atos nacionais onde a juventude pode começar a mostrar outro caminho, não podem ceder a pressões. Hoje, temos que tomar as ruas na perspectiva de unir trabalhadores e estudantes contra os cortes, as privatizações e as reformas! Contra os cortes, as reformas e privatizações! Fora Bolsonaro, Mourão e militares!

Confira a manifestação no Rio de Janeiro:

E também: Ato contra Bolsonaro é reprimido pela PM de Paulo Câmara (PSB) em Recife

 
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