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ACIDENTE NA SUPERVIA
Na SuperVia precarizada pela privatização, incêndio fere 3 e usuários ficam sem ajuda
Redação

Cerca de 3 pessoas ficaram feridas devido ao incêndio que atingiu o trem da Supervia na madrugada desta sexta-feira (28). Segundo bombeiro que atendeu a emergência, o extintor de uma composição estava vazio e não pode ser usado, uma usuária denuncia que não houve nenhum auxílio de funcionários aos passageiros, que tiveram que fugir e se direcionar sozinhos em meio à madrugada.

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Foto: Reprodução/TV Globo

Quinze estações de trem do ramal Belford Roxo da Supervia, que lucra em cima da precarização extrema do transporte, ficaram fechadas no trecho entre Jacarezinho e Belford Roxo. A companhia ainda mentiu ao informar que os serviço estava normalizado às 7h15, quando imagens ao vivo do Globocop mostraram que o trecho de Del Castilho ainda estava bloqueado.

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"Teve gente que quebrou a perna, ficou machucado lá, e teve fogo. Quando a gente saiu conseguiu ver as chamas, aí ficou aquele curto-circuito. E a gente começou a andar pela linha”, afirmou uma mulher que estava no terceiro vagão, que não pegou fogo.

A situação foi de completo caos e desespero. Durante a fuga no desembarque, três passageiros se feriram. Eduardo Nobre, 48, Marcele Borges, 35, e Luzinete Alberto, 34, foram levados ao Hospital Salgado Filho, no Méier.

“Foi desesperador, a gente estava dentro do trem, eu tava no terceiro vagão, e mesmo no terceiro vagão, porque aconteceu no primeiro, teve um clarão muito forte e todo mundo entrou em desespero”, disse a passageira Esthefany Marques.

“Poucos segundos depois [a Supervia] anunciou que abriu a porta. Quando abriu a porta, a gente ficou com medo de pular. Vai que a linha estivesse energizada. Depois que o primeiro pulou, todo mundo pulou”, continuou Esthefany.

Os trabalhadores que já são obrigados a acordar de madrugada para chegar em seu trabalho, foram obrigados a caminhar nos trilhos do trem e três deles ficaram no chão esperando ajuda. A supervia cobra absurdos R$ 5,00 de seus passageiros, seu desejo era que fossem R$ 5,90 a passagem.

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Os passageiros não tiveram nenhum auxílio de funcionários da Supervia para orientar para onde era seguro ir porque a companhia busca manter a menor quantidade possível de ferroviários para maximizar o seu lucro. O mesmo vale para equipamentos elementares para auxílio em caso de emergência, como o extintor que estava vazio e não pode ser utilizado pelo bombeiro e a falta de iluminação.

“Ninguém, não tinha nem iluminação. A gente teve que ir no escuro, com as lanternas acesas. Só consegui enxergar por conta das lanternas acesas dos telefones”.

Quem auxiliou os passageiros foram os próprios moradores da região, que indicaram a saída.

“E aí o pessoal que morava ali perto falou ‘vocês estão perto da estação de Del Castilho’. Aí a gente encontrou um buraco e conseguiu sair ali na Avenida Dom Hélder Câmara”.

Duas notas cínicas e despreocupadas com os 3 feridos e o potencial perigo para o restante dos passageiros foram feitas pela Supervia. A companhia afirma que o acidente foi causado por cabos rompidos da rede aérea, que ao entrar em contato com o pantógrafo (equipamento que liga o trem à rede aérea) geraram o curto circuito e o incêndio. Um sinal de falta de fiscalização e manutenção das estruturas, também devido a precarização do serviço em busca do lucro.

 
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