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FORA BOLSONARO E MOURÃO
Quaquá fala para a esquerda ficar em casa assistindo a política mortal de Bolsonaro pela TV
Jean Barroso
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Washington Quaquá tornou pública sua opinião sobre os atos do 29/05 que ocorrerão em diversos locais do país contra Bolsonaro, em um artigo no O Dia. Para o vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, é uma questão de "coerência" que a esquerda fique em casa assistindo tudo da TV ou das redes sociais, enquanto a extrema direita toma as ruas e a política de mortes de Bolsonaro e dos militares só aumenta. As manifestações estão sendo convocadas com todos os cuidados sanitários, uso de máscaras e distanciamento entre os manifestantes.

Com a possibilidade de uma terceira onda que piore ainda mais a situação da pandemia no Brasil, e com uma CPI da Covid-19 que tornou-se um grande "BBB" em que nada acontece e aonde não vemos nem sinal de Bolsonaro ser mandado ao "paredão", o petista sugere que deixemos as ruas livres para a extrema direita ocupar, liderada pelo principal responsável pela situação, o presidente Fora Bolsonaro.

O líder petista ainda tem a coragem de dizer que as manifestações convocadas são, nas palavras dele, "dar de braços a Bolsonaro, para sair às ruas pisoteando o túmulo de 450 mil mortos e abrindo covas para caber mais outros tantos". O ex prefeito de Maricá passou tanto tempo nos gabinetes que perdeu completamente a conexão com a realidade. Quaquá deveria pegar um dia e dar uma volta ou BRT, ou pegar um Metro lotado na hora do Rush; desta forma, talvez não escrevesse tanta besteira sobre o isolamento social.

A esta altura do campeonato, qualquer pessoa em sã consciência já sabe que a política do "fica em casa" foi totalmente falida e não serviu para nada, pois apenas um setor de trabalhadores pôde aderir ao home office, enquanto milhões de trabalhadores tiveram que enfrentar a covid-19 no transporte público e nos seus locais de trabalho. Para a classe trabalhadora, portanto, o "fica em casa", como política de oposição aos ataques de Bolsonaro e Paulo Guedes, nunca foi alternativa.

Desde o início defendemos, neste esquerda diário, a quarentena racional, mas dissemos abertamente que o único caminho para ter vacina para todos já, com a quebra das patentes e reconversão da indústria para a produção em massa, só se daria se seguíssemos os exemplos do Paraguai no início deste ano, e agora, mais recentemente, o da Colômbia, países que estão dando exemplo de luta de resistência à extrema direita.

Sobre as manifestações do 29, a dirigente nacional do MRT, Diana Assunção afirmou que:

"São sintomas de um ânimo de massas que ainda não se decidiu totalmente pelo combate, mas dá mostras de que a linha do “fica em casa” promulgada por todas instituições do regime, supostamente contra o negacionismo de Bolsonaro, começa a demonstrar os seus limites. Ou, mais claramente, começa a ficar claro que o “fica em casa” não era uma política de isolamento social racional contra a Covid-19, mas uma linha de conter o ânimo das massas em possíveis explosões sociais para conduzir esse descontentamento à via institucional, transformando trabalhadores e juventude em telespectadores da CPI da Covid e em indivíduos que esperam passivamente as eleições de 2022 para eleger Lula, que carregará junto com ele um sem número de golpistas, ajustadores e coronéis de todo tipo, como José Sarney, além de neoliberais como FHC, símbolos da velha política."

Talvez o que preocupe verdadeiramente Quaquá é que, com massas na rua, fica mais difícil de fechar as negociatas e acordos por cima com figuras da direita e a até da extrema direita, prática que vice-presidente do PT não teve vergonha de mostrar, tanto em alianças regionais, quanto nacionalmente quando disse abertamente que o PT deveria ter apoiado o candidato de Bolsonaro Arthur Lira para a presidência da Câmara. Melhor seria se Quaquá tivesse ido mesmo morar em Portugal como pretendia.

Tudo isso é ainda mais criminoso quando há categorias de trabalhadores fazendo mobilizações pela vacinação imediata, e há também processos de luta que começam a se organizar nas Universidades. Quaquá faz questão de se mostrar fiel traidor dessas lutas, mostrando que é até mais "coerente" Neste 29, o Movimento Revolucionário de Trabalhadores e o Esquerda Diário estará presente apoiando a luta dos trabalhadores, estudantes, das mulheres, dos negros e dos LGBT. Levantamos a necessidade de superar a política do "fica em casa + impeachment", e por isso levantamos "Fora Bolsonaro, Mourão e os militares!"

Leia mais: Novos ares de mobilização e a adaptação à agenda da CPI: confiar nas forças da nossa classe e da juventude

 
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