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Carlos Bolsonaro e Anderson Torres buscam contrato milionário com Israel para espionar brasileiros indiscriminadamente
Caio Reis

Enquanto o mundo olha com horror as bombas sionistas e vai às ruas em solidariedade ao povo palestino, Carlos Bolsonaro, através do ministro da justiça Anderson Torres, busca com Israel um programa para invadir com completo sigilo aparelhos celulares e computadores de brasileiros sem autorização judicial. Um exemplo direto de a que serve a aliança de Bolsonaro com o Estado genocida de Israel.

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Foto: Carlos e Eduardo Bolsonaro vestidos com camisetas das Forças de Defesa de Israel e do Mossad, serviço secreto israelense - Reprodução

Bolsonaro e seu clã nunca esconderam seu apoio ao Estado sionista de Israel, um posto militar avançado dos Estados Unidos no Oriente Médio, responsável pela ocupação colonial do território palestino e pela limpeza étnica desse povo. Além de cúmplices dos atuais bombardeios terroristas contra o povo palestino, que já mataram mais de 220 pessoas, agora buscam entregar milhões às empresas sionistas para conseguirem acesso pleno aos dispositivos de qualquer brasileiro. Um big brother sionista e miliciano.

Isso porque corre hoje (19) o edital de licitação nº 03/21 do Ministério da Justiça, estipulado no valor de R$ 25,4 milhões (mas que pode sair bem mais caro) e que tem como objetivo contratar o serviço de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group. O filho do presidente, Carlos Bolsonaro (Republicanos), e o ministro Anderson Torres lançam milhões ao sionismo - que bombardeia a Faixa de Gaza em uma operação colonialista e de limpeza étnica - para poder avançar em mecanismos de espionagem contra seus bonapartismos institucionais concorrentes, a oposição política e os trabalhadores.

Veja também: Histórica greve nacional dos palestinos contra os ataques de Israel

O que seria um enorme marco no avanço do autoritarismo do regime e dos poderes da família Bolsonaro, a tecnologia Pegasus permite acesso incógnito à celulares e computadores, sem que sequer precisem ser ativados pelo usuário, e já foi usada para espionar aparelhos de jornalistas e críticos de governos ao redor do mundo.

Das 249 licenças de acesso ao novo programa previstas no contrato, Torres terá sob sua influência 155, que também deverão ser compartilhadas com Carlos Bolsonaro, segundo as fontes da UOL. Desse total, 100 ficarão com a PF e 40 irão para a Secretaria da Segurança Pública de Brasília (órgão que já foi chefiado por Torres). As outras 15 permissões serão destinadas ao Corpo Bombeiros e às polícias Civil e Militar do Distrito Federal. As autorizações restantes serão disponibilizadas ao BC (Banco Central), ao MPF (Ministério Público Federal) e a órgãos de 13 Estados.

Um ponto de destaque da negociação é que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), sob o controle do tão repugnante Augusto Heleno, foram excluídos da licitação, ficando os órgãos acima citados com acesso a uma tecnologia de espionagem superior à que a própria agência de inteligência, controlada pelos militares, possui. A mídia burguesa escreve que isso teria causado um “racha” entre os militares da inteligência, supostamente soberanistas, e Carlos Bolsonaro, que excluiu a Abin da licitação e estaria disposto a armazenar dados em países estrangeiros.

Mas não nos enganemos: Tanto os militares quanto os Bolsonaro são serventes aos grandes empresários, o capital financeiro e o imperialismo, principalmente o norte-americano, e uma tecnologia como o Pegasus será utilizada contra os trabalhadores e o povo pobre, independente de quem aperte o botão.

Caso a licitação seja efetivada, Carlos Bolsonaro e sua família, sabidamente envolvidos até o pescoço com as milícias da extrema-direita, mas também outras instituições como a polícia e o MP, terão uma ferramenta com potencial livre para invadir qualquer aparelho de pessoas físicas ou jurídicas, com total sigilo. Trata-se de uma enorme ameaça à organizações políticas de esquerda, sindicatos, movimentos sociais, jornalistas e todos que, no país de Marielle Franco e da chacina do Jacarezinho, ousam se opor à violência policial racista, aos ataques dos capitalistas e a esse regime que já nos levou a mais de 440 mil mortos por coronavírus.

Contra Bolsonaro, os militares, governadores, instituições golpistas como o judiciário e também contra os ataques israelenses no Oriente Médio, é preciso que a classe trabalhadora brasileira se inspire no que há de mais avançado na luta de classes internacional, da rebelião contra o governo de extrema-direita nas ruas da Colômbia à greve geral palestina.

A negociação do Ministério da Justiça bolsonarista com o polo tecnológico militar sionista mostra que Bolsonaro e os capitalistas já preparam a repressão para futuros cenários explosivos da luta de classes no país. Para construirmos a força capaz de derrotá-los, é preciso lutar pela unidade e auto-organização dos trabalhadores e do povo negro, junto aos estudantes, pra dar um basta nas mortes por covid, pela fome e pelas balas da polícia!

Leia também: Um debate de estratégia com a esquerda a partir da chacina do Jacarezinho

 
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