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CPI DA COVID
Pazzuelo mente na CPI enquanto faltam vacinas e Brasil soma 440 mil mortes
Cássia Silva

A escassez de vacinas só aumenta no Brasil, fruto do governo negacionista de Bolsonaro, mas também do Congresso, STF e governadores, que conduzem a catástrofe sanitária de forma irracional e a serviço dos lucros dos empresários, que fez com que morressem 440 mil pessoas no país. Empresários que mantêm pessoas trabalhando em situação de risco de contágio, pegando ônibus, trens e metrôs lotados, e também a serviço do lucro dos empresários das vacinas, que praticamente leiloam a produção e a distribuição de acordo com qual governo, político ou patrão possa pagar mais.

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Neste cenário de falta de vacinas, o Brasil registra 439.379 óbitos desde o começo da pandemia, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa com informações das Secretarias de Saúde. A média móvel de mortes chegou a 1.953 nos últimos 7 dias. Já são 118 dias com média de óbitos acima de mil mortes.

É inaceitável que, enquanto a população, especialmente o povo pobre, tenha que passar por uma situação arrebatadora dessa, general Pazuello esteja neste momento dando depoimento para a CPI da Covid, deixando claro aquilo que já sabíamos sobre ele ter sido um ministro do Bolsonaro que se negou a negociar vacina, fazendo piada de mau gosto de que garantiu testes, EPIs e respiradores aos municípios. Uma mentira sobre o combate básico à pandemia que na verdade não foi realizado, que se choca com a realidade da linha de frente, a falta de respiradores, testes e EPIs que nem Bolsonaro e Pazuello, nem governadores e prefeitos garantiram.

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É preciso lutar pela vacinação de toda a população já, através da quebra de patentes sem indenização às empresas e com produção sob controle dos trabalhadores, junto com a transferência de tecnologia e avançar para que os laboratórios sejam estatizados e colocados sob controle dos operários, dos trabalhadores da saúde e pesquisadores.

E, na prática, quem mostra o caminho para fortalecer uma luta por vacina para todos já são os metroviários de São Paulo, que iniciaram sua greve hoje contra Doria, por melhor transporte para a população e vacina para todos. Enfrentando campanha reacionária da mídia que ataca sua greve, enfrentando Doria e a direção da empresa do Metrô, que retiram seus direitos, sucateiam o transporte público, terceirizam serviços, para melhor construir o caminho da privatização. É uma greve que já está sendo apoiada pela população e deve ser cercada de toda a solidariedade dos sindicatos, das organizações de esquerda, da juventude trabalhadora, dos estudantes universitários, que são atacados com os cortes na educação de Bolsonaro, Câmara e Senado golpistas que ameaçam fechar universidades federais como a UFRJ.

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A CPI da Covid vem para o golpismo do Congresso tentar canalizar o descontentamento com Bolsonaro e desgastá-lo ainda mais para conseguirem propor uma terceira candidatura de direita em 2022. O PT constrói essa confiança em uma saída institucional junto com a ilusão de que o impeachment, já tantas vezes engavetado, pode tirar Bolsonaro do poder, mas na verdade também miram em sua campanha eleitoral para 2022, com Lula.

É urgente que as organizações de esquerda e seus parlamentares, como o PSOL, coloquem suas forças para construir a unidade das lutas iniciais dos trabalhadores e da juventude no Brasil. Com a formação de um polo político que exija das centrais sindicais (como a CUT e a CTB, e também da maior entidade estudantil do país, a UNE, dirigidas pelo PT e PCdoB) que organizem espaços de discussão em cada local de trabalho e estudo, como assembleias e reuniões, assim como ações unificadas. Rumo ao dia 29, dia nacional de luta que a UNE está convocando contra os cortes nas federais, é necessário que haja assembleias amplamente convocadas e que os estudantes tenham direito de voz e voto.

A realidade impõe que, para arrancar um programa emergencial de combate à catástrofe sanitária e econômica - que a CPI da Covid não pautou e não vai pautar -, que os trabalhadores e a juventude estejam juntos, pela base, para botar abaixo Bolsonaro, Mourão, militares e todo esse regime político herdeiro do golpe institucional de 2016.

Acompanhe a cobertura da greve dos metroviários de São Paulo aqui pelo Esquerda Diário

 
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