Em um ataque na manhã dessa segunda-feira numa área residencial no centro de Gaza, os militares israelenses destruíram o único centro de testes de corona vírus em todo o território.

A informação foi confirmada por testemunhas ao site Middle East Eye, que informa que uma dezena de outros edifícios também foram danificados, incluindo uma escola, um orfanato e escritórios do Ministério da Saúde.

A clínica Al-Rimal, localizada na cidade de mesmo nome na Faixa de Gaza, foi parcialmente destruída e o escritório da Meia-Lua Vermelha do Qatar também foi atingido por fogo aéreo.

Algumas pessoas do corpo médico do ministério ficaram feridas, alguns estão em estado crítico, declarou o vice-ministro da Saúde, Yousef Abu al-Rish, à imprensa.

O porta-voz do ministério, Ashraf Qidra, afirmou que os ataques israelenses "ameaçam minar os esforços do Ministério da Saúde frente à pandemia do Covid".

Apenas 1 por cento da população de Gaza está vacinada contra o corona vírus. A essa realidade se somam as altas taxas de incidência do vírus e a aglomeração de pessoas em abrigos durante os bombardeios. Por tudo isso, as autoridades temem um surto de contágio.

A quase inexistente vacinação se deve principalmente pelo fato de Gaza estar bloqueada por ar, mar e terra por Israel, que decide quem pode entrar ou quem não pode no território, e tem impedido deliberadamente a entrada de vacinas. Além disso, é quase impossível para o governo local arcar com o custo das doses, de modo que dependem quase que exclusivamente de doações internacionais, que vêm a conta gotas.

Para entender mais a respeito do colonialismo assassino do Estado de Israel sobre o povo palestino:
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