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Bolsonaro e os governadores são responsáveis pelas mortes por covid, o desemprego e a fome
Redação

Já são 436 mil mortes por covid no Brasil. 14,4% da população está desempregada e 19 milhões passam fome no país. Esses dados escandalosos são fruto do negacionismo bolsonarista, mas também responsabilidade dos governadores que desde o início não garantiram testes massivos e outras medidas elementares aos trabalhadores e à população pobre.

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Em meio à crise sanitária, econômica e social, o governo Bolsonaro tem um objetivo: salvar o lucro dos grandes empresários. Para isso, desde o ano passado atuou não apenas disseminando seu absurdo negacionismo ao chamar o coronavírus de “gripezinha”, mas também aplicando ataques como a MP da morte, que permitia redução de salário e suspensão de contratos em meio à pandemia.

Nesse cenário, alguns setores do regime do golpe institucional, como o STF e os governadores, tentaram se colocar como oposição ao governo federal. No entanto suas palavras não passam de mentiras: o que tanto o governo Bolsonaro, como os governadores, o Congresso e o STF fizeram, foi levantar planos, programas e projetos de lei que protegessem a economia e o interesse dos empresários, muitos deles que tiveram lucros históricos no período da pandemia. Doria e muitos outros aplaudiram as medidas provisórias que atacam os direitos trabalhistas e salários e os cortes no investimento da área da saúde e educação em meio à pandemia a fim de manter o religioso pagamento da dívida pública que só enriquece o bolso dos banqueiros.

Os governadores em momento algum apresentaram um plano de combate sério à pandemia. Isso fica nítido com os ainda absurdos números de mortes diárias sem nunca termos tido acesso a uma política de testes massivos para implementar quarentenas racionais e isolamento para os contaminados e doentes, com rastreio do vírus. Assim como não implementaram um auxílio emergencial, que deveria ser no valor de pelo menos um salário mínimo, em meio à alta dos preços dos alimentos básicos para sobrevivência.

Governadores como Eduardo Leite no RS, Doria em SP ou Zema em MG defendem e tentam impor um retorno inseguro às aulas presenciais, colocando em risco toda a comunidade escolar, professores, funcionários e famílias de alunos. Isso vem gerando greves sanitárias de professores em diversas cidades e estados. Também não fizeram um plano de combate ao desemprego e precarização da vida, que assim como a fome só cresceu em meio à crise sanitária. Pelo contrário, apoiaram as flexibilizações dos contratos de trabalho, que beneficiaram os patrões.

No nordeste, estados governados pelo PT, PCdoB e PSB, que tentam colocar como oposição consequente ao bolsonarismo, mostram que também não garantiram o básico à população. PB, RN, BA, MA, PI e PE tiveram recentemente picos de mortes maiores do que no ano passado. Durante esse pico os transportes públicos continuaram lotados e em momento algum foram garantidos EPIs ou a liberação do grupo de risco em diversas categorias. Sua política foi aumentar a repressão e o policiamento, o que só pode se voltar contra o povo negro e as camadas mais precárias da classe trabalhadora.

Diante desse cenário, precisamos urgentemente de um programa independente e dos trabalhadores de combate à crise sanitária. Os sindicatos deveriam organizar uma ampla campanha pela quebra de patentes das grandes indústrias farmacêuticas, que só pensam em lucrar com a catástrofe, para que os próprios trabalhadores da saúde junto a especialistas disponham das pesquisas e resultados, concedendo acesso público a esses dados, com independência dos governos que, juntos com às grandes empresas, já demonstraram que a produção de vacinas está subordinada aos seus lucros, mesmo que isso signifique a morte de milhões.

Para isso, é preciso que nos organizemos em cada local de trabalho e estudo, batalhando também para que os sindicatos organizem comissões de higiene e segurança sanitária composta pelos trabalhadores para fiscalizar as condições de segurança sanitária de cada local. Para o próximo dia 29 está sendo convocada uma data de mobilização, com eixo na educação, que os trabalhadores e a juventude precisam tomar em suas mãos como parte de responder à crise. É preciso exigir que as centrais sindicais e a UNE organizem os trabalhadores e os estudantes desde a base, para que possam debater e deliberar um grande plano de luta, por um programa emergencial contra a pandemia.

 
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