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Movimento estudantil
2 anos do 15M: O Tsunami da Educação de 2019
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Estávamos no começo do primeiro ano do governo de Bolsonaro, que foi eleito através das eleições manipuladas de 2018 e que desde o início recebeu amplo rechaço da juventude e das mulheres. Em maio, o governo reacionário de Bolsonaro e Mourão, através do Ministério da Educação (MEC) que era comandado na época pelo racista e lunático Weintraub, anunciou um corte de 30% no orçamento para a educação que, somado ao Teto de Gastos do governo golpista de Temer e dos muitos cortes orçamentários de anos anteriores, inclusive aplicados por governos do PT, devastaria a já precária situação das universidades. Ao mesmo tempo, o ninho de ratos do Congresso estava preparando a aprovação da Reforma da Previdência, um ataque brutal à classe trabalhadora e ao futuro da juventude. Fomos mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o país.

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A juventude se colocou na linha de frente contra os ataques, protagonizando atos massivos por todo o país contra Bolsonaro, com assembleias massivas e paralisações nas universidades e institutos federais. Fomos o primeiro setor a fazer oposição a Bolsonaro, demonstrando a possibilidade de uma força imparável se se unificasse com a classe trabalhadora. Para tentar acalmar os ânimos, Bolsonaro e os golpistas tentaram nos chantagear, dizendo que os cortes nas universidades seriam revertidos caso a reforma da previdência fosse aprovada.

Nós da Juventude Faísca nos colocamos completamente contra essa chantagem e levantamos a necessidade de unificar as lutas, pois sabemos que a precarização da educação está diretamente ligada com a precarização do trabalho e nos colocamos de forma intransigente ao lado da classe trabalhadora contra nossos inimigos, que são os mesmos.

A UNE, dirigida pelo PT, PCdoB e Levante Popular, foi conivente com essa chantagem na época, atuando para separar as duas lutas, como se a reforma da previdência não afetasse também a juventude, decretada a trabalhar até morrer. As Reitorias, inicialmente à frente do movimento, como concretas definidoras anti-democráticas dos rumos das universidades, recuaram e assim o fez a majoritária da UNE, mas também a Oposição de Esquerda que apesar de dirigir centenas de centros acadêmicos e DCEs por todo o país, não defendeu nem a unificação das lutas, nem a organização e coordenação dos estudantes pela base. Essa lógica também se dá hoje no âmbito da política nacional, enquanto Bolsonaro, Mourão o Congresso Nacional e o Senado estão unificados atacando a educação, a Oposição de Esquerda segue defendendo o impeachment de Bolsonaro junto à majoritária da UNE, que colocaria o reacionário General Mourão na presidência.

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A verdade é que ambos ataques, assim como todos que vimos passar desde então, fazem parte de um projeto do regime golpista que quer descarregar ainda mais a crise nas costas dos setores mais oprimidos da população. Para barrar esse projeto é preciso lutar contra Bolsonaro, Mourão e o conjunto do regime golpista. Por isso, frente aos cortes impostos por Bolsonaro e pelos golpistas às universidades em 2021, que diretamente ameaçam o funcionamento de diversas federais, levantamos como batalha o fim da Lei do Teto de Gastos e o não pagamento da dívida pública, que desviam dinheiro público direto para bolso de banqueiro imperialista.

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Retomemos as lições do Tsunami da Educação, erros e acertos, para recolocar o movimento estudantil em cena, ao lado da classe trabalhadora, para barrar o desmonte das universidades públicas e o projeto de país do regime golpista que afunda a juventude em desemprego e precarização enquanto assassina os jovens negros na periferia. A separação das lutas em 2019 impossibilitou que a juventude fosse a faísca para incendiar a classe trabalhadora, por responsabilidade da direção da UNE e das Centrais Sindicais, que atuaram na contramão da unificação e da auto-organização dos estudantes e trabalhadores, para que não pudessem decidir sobre os rumos da sua própria mobilização.

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Para isso, o primeiro passo é construir desde as bases o dia 29 de maio, um dia que está sendo chamado como dia de luta pela educação. Que a UNE coloque todas suas forças para construir assembleias em cada Universidade, com direito a participação, voz e voto para todos estudantes e trabalhadores, assim como os DCEs e Centros Acadêmicos dirigidos pela Oposição de Esquerda. Nossa luta é na rua, como foi em 2019 e como mostra a juventude colombiana em 2021! #ForaBolsonaroeMourao e militares! Que os capitalistas paguem pela crise!

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