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PANDEMIA
Brasil ultrapassa 433 mil mortes na pandemia: Bolsonaro e os governadores são responsáveis
Pedro Costa

O Brasil atinge escandalosa marca de 433 mil mortos, mostrando o descontrole da pandemia no país. Isso se soma ao desemprego, ao aumento da pobreza e da fome. Bolsonaro e seu governo negacionista são os responsáveis, mas também os governadores, que assim como ele não garantiram testagem massiva e agora não garantem vacinação e outras medidas elementares.

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IMAGEM: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Bolsonaro e seu negacionismo, juntamente com os militares, são responsáveis pela catástrofe que vivemos e pelas centenas de milhares de mortes, porém não apenas o bolsonarismo é responsável por toda situação calamitosa em que o país está, todos os atores desse regime pós golpe institucional são, nenhum desses garantiu medidas sanitárias básicas, como testes massivo, que até hoje continuam ausentes, e todos estão de acordo no que diz respeito a descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e população mais pobre em projetos como a MP 936, ou mais recente na tentativa de criação da reforma administrativa.

Muitos dos governadores, como Doria por exemplo, fazem uma demagogia em relação ao negacionismo de Bolsonaro, tentando se colocar como pró-ciência e salvadores da pátria, mas não garantiram medidas elementares de combate à pandemia e nem vacinação. Só neste ano o governador de SP, juntamente com Rossieli, tentou reabrir as escolas no pico da pandemia, e atualmente tenta impor um corte de direitos profundo para os trabalhadores metroviários, ao mesmo tempo em que deu R$ 1 bilhão para empresários do metrô.

Eduardo Leite no RS ou Zema em MG também não são uma verdadeira oposição a Bolsonaro, ambos defenderam a reabertura insegura de escolas, os dois também não garantiram leitos e respiradores, o que custou a vida de muitos. Leite também atacou os servidores públicos e privatizou parte da empresa de luz da CEEE, além de querer também privatizar a Corsan, seguindo o exemplo do RJ. Zema também tentou levar à cabo a privatização de várias estatais, além de ter aprovado uma draconiana reforma da previdência dos servidores estaduais.

Os governadores do nordeste, do PT, PCdoB e PSB, que tentam se colocar como oposição racional ao bolsonarismo, tampouco são uma alternativa, tendo tido em estados como PB, RN, BA, MA, PI e PE picos de mortes maiores do que no ano passado. Durante esse pico os transportes públicos continuaram amarrotados, apesar da demagogia dos governadores, de um lado havia a polícia reprimindo a população e a juventude nas periferias, e por outro dentro dos galpões fechados dos telemarketings, da indústria e empresas de serviço as aglomerações cotidianas seguiam, sem falar que não foram garantidas nem EPIs, nem a liberação do grupo de risco em diversas categorias.

Para uma política que levasse adiante o interesse da população pobre e trabalhadora é necessário independência de todos os setores do regime, que por mais que tentem se pintar como oposição ao bolsonarismo, nos ataques aos trabalhadores e repressão estão unidos a ele. Precisamos batalhar por uma assembleia constituinte que seja livre e soberana, que através da mobilização dos trabalhadores enfrente o regime de conjunto.

As centrais sindicais e os sindicatos deveriam batalhar por essa consigna e organizar os trabalhadores desde a base, com assembleias e reuniões, promovendo uma forte discussão e mobilização que encampasse também a vacinação em massa da população e a quebra das patentes sem indenização.

 
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