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PRIVILÉGIOS POLÍTICOS
Basta de privilégios: Bolsonaro se dá aumento de 69% e trabalhadoras da saúde ficam sem reajuste
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Os trabalhadores da saúde, na linha de frente contra a Covid-19 estão com salários congelados e sem reajuste por conta da PEC Emergencial. Enquanto isso, Bolsonaro aumenta os privilégios de seu governo, servidores federais e seus ministros, com salários que terão reajuste de até 69%.

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Imagem: Susana Vera/Reuters

A portaria publicada pelo presidente Bolsonaro no dia 30 de abril que aumenta em até 69% os salários de seu governo e servidores federais, incluindo ele mesmo, o vice Mourão e seus ministros, começará a valer nesse mês de maio. O gasto com esses aumentos será de R$66 milhões ao ano.

Antes desta portaria do governo federal, um servidor não podia receber um valor acima do teto que é equivalente ao salário de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 39.293,32, salário que já é bastante alto e representa um grande privilégio de juízes e políticos. Agora, haverá um reajuste no salário e aposentadoria, ocasionando aumentos de até 69%.

Enquanto isso, o que vemos é a população ser exposta ao vírus por imposição dos patrões, amargando com salários cortados pelas medidas provisórias aprovadas pelo governo Bolsonaro aliado aos governadores, Congresso e STF. Vemos a população sofrendo com um auxílio emergencial miserável de R$150, com a fome e o desemprego que afetam milhões de brasileiros nesta crise econômica, sanitária e social.

O regime político do golpe institucional já ataca diariamente a classe trabalhadora com as reformas já aprovadas, da previdência e trabalhista, com a Lei do Teto de Gastos que congelou o investimento em saúde e educação por 20 anos, e que nenhum governo demonstrou preocupação em alterar, mesmo agora que vivemos uma crise sanitária sem precedentes, com colapsos do sistema de saúde. Além disso, com a reforma administrativa, que vendem com um discurso de acabar com os gastos, dividem o funcionalismo público e atacam, em especial, os trabalhadores da saúde e da educação, enquanto deixam intactos os privilégios do alto escalão.

Vemos todos os trabalhadores da saúde todos os dias na linha de frente do combate à pandemia, salvando vidas e trabalhando muitas vezes em péssimas condições, sem EPIs, sem direito massivo à vacina para trabalhadores efetivos e terceirizados dos hospitais e postos de saúde, sem contar com apoio dos governos, visto que estes nunca apresentaram um plano de emergência pra atual situação.

O que sim vimos os governos fazerem em relação a esses trabalhadores da saúde, é congelar seus salários e, com a PEC Emergencial aprovada em março deste ano, não oferecer reajuste salarial até 2036.

Isso deixa claro como todo o regime político prioriza a manutenção dos lucros dos empresários e de seus privilégios antes de tudo. É preciso organizar uma mobilização independente dos trabalhadores, em que as centrais sindicais rompam com a paralisia e possam organizar os trabalhadores, lutando por melhores condições de trabalho, reajuste e salários dignos, lutando pelo fim dos privilégios dos políticos e juízes. Somente com essa mobilização organizada dos trabalhadores, confiando em nossas forças, poderemos mudar as regras do jogo, defendendo uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que revogue os ataques e reformas, que exija que todo político e juiz ganhem o mesmo salário de uma professora, sendo revogáveis.

 
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