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Nessas eleições, votar na chapa 1 Novo Rumo para o 39º núcleo do CPERS
Jonathan Saldanha
Diego Nunes

Propostas do Movimento Nossa Classe para construir o núcleo 39 com a chapa 1 Novo Rumo nessas eleições para o CPERS.

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Muitos colegas hoje estão desacreditados com o sindicato. São colegas contratados, professores e professoras que fizeram greve nos últimos anos, educadores e educadoras que vêm sendo desrespeitados há anos por sucessivos governos que insistem em atacar a educação pública. Essa descrença é compreensível, tendo em vista que hoje a direção do sindicato está nas mãos de grupos que rifaram nossos direitos em negociatas pelas costas dos trabalhadores. Nós, do Movimento Nossa Classe (composto por militantes do MRT e independentes), que construímos a chapa Novo Rumo para o 39º núcleo do CPERS, apresentamos uma alternativa a essa direção e queremos debater com os professores e as professoras que querem um novo rumo.

A educação é uma das principais inimigas do governo Bolsonaro. Desde que assumiu, vimos ataques, tentativas de calar a nossa voz, desrespeito com educadores e uma política genocida que está levando centenas de milhares à morte. Os serviços públicos em geral estão sendo destruídos pelas reformas neoliberais aplicadas desde o golpe de 2016 até agora, com aprofundamento sob Pualo Guedes e esse Congresso Nacional reacionário. No Rio Grande do Sul, apesar do governo estadual se apresentar como defensor da ciência, a educação e os serviços públicos também vêm sendo alvo de ataques. Leite segue os passos de Sartori na privatização do patrimônio público gaúcho, em descarregar a crise econômica nas costas dos trabalhadores e dos serviços públicos e na priorização dos lucros dos empresários em detrimento da vida durante a pandemia. A única forma de combater esses ataques é confiar nas forças dos próprios trabalhadores, e não na justiça ou no parlamento. Daí a importância de ferramentas como o CPERS. Nosso sindicato deve ser um polo de organização dos professores para, junto das demais categorias, defender nossos direitos e avançar para que essa crise econômica e pandêmica seja paga pelos capitalistas e não pelos trabalhadores. Diferentemente da atual direção, controlada pelo PT, PCdoB e PDT, que possui membros nas duas outras chapas, apostamos na nossa força apenas. A chapa que contém a maioria da atual direção sindical é a chapa "Cpers unido e forte", com militantes do PT, PC do B e PDT e a chapa que contém alguns membros da atual direção sindical e outras organizações é a chapa "Muda Cpers", com militantes da AE/PT, Resistência/PSOL, CS/PSOL, Intersindical/PSOL, Mes/PSOL e Escola do Povo/PT.

Nós construímos nossa chapa em base a quatro eixos de campanha. Esses quatro eixos norteiam o programa que queremos levar a frente nessas eleições e, caso eleitos, no núcleo.

1. Em defesa da educação pública e contra os ataques aos nossos direitos, que os capitalistas paguem pela crise!

  •  Reajuste salarial digno para servidores e educadores. Há anos sofremos arrochos que estão corroendo o nosso poder de compra e levando os professores à fome e à miséria
  •  Contra as privatizações de Guedes e Leite! A luta em defesa da Corsan, CEEE, Procempa, Banrisul, Carris e demais estatais é uma luta de todos os servidores! Contra a privatização da Petrobrás, Correios e demais estatais!
  •  Em defesa do plano de carreira dos educadores!
  •  Essa crise não foi criada por nós, eles que paguem! Pela cobrança dos sonegadores bilionários e confisco dos bens. Pelo fim das isenções fiscais aos grandes empresários. Pelo não pagamento da dívida pública aos banqueiros! Esse dinheiro pode ser usado para reaver os direitos dos servidores e combater a pandemia no estado!
  •  Nossa luta é nacional e deve se enfrentar com todos os poderosos hoje comandando o país, por isso gritamos Fora Bolsonaro, Mourão e os militares, sem nenhuma confiança no Congresso ou no STF que avalizam a retirada dos nossos direitos. Por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, imposta pela mobilização, que se enfrente com o conjunto do regime golpista!

    2. Por uma saída dos trabalhadores para a pandemia! Que as comunidades escolares decidam quando e como voltar as aulas presenciais!

  •  Fortalecer a auto-organização em assembleias por escolas para que sejam as comunidades escolares que decidam como e quando retornar as aulas presenciais e não o governo que desconhece a realidade da escola pública. É mentira dizer que os professores não querem voltar para a escola, mas queremos voltar com condições sanitárias dignas!
  •  Reformas prediais para melhorar a infra-estrutura das escolas, ampliar o tamanho das salas, garantir ventilação e condições sanitárias. Por um plano de obras públicas controlado pelos trabalhadores para encarar esses e outros problemas estruturais das cidades!
  •  Testagem massiva para todos os educadores e a comunidade escolar. Impossível retornar as aulas presenciais de forma irracional, sem haver testagem massiva para todos os educadores.
  •  Vacina para todos já! É preciso lutar contra a divisão que os governos impõem para a vacinação da população, bem como as vacinas VIPs de empresários. Nossos sindicatos precisam defender amplamente e organizar a luta pela quebra das patentes das vacinas e pela capacitação de sua produção em massa no Brasil
  •  Reestruturar a economia sob controle dos trabalhadores para combater a pandemia e salvar vidas!

    3. Contra a precarização do trabalho, direitos iguais já! Pela efetivação dos contratados sem a necessidade de concurso público!

  •  O regime de contrato serve somente para dividir os educadores entre concursados, nomeados e contratados. O trabalho é igual, mas os direitos não. Não são poucos os professores que estão há anos dando aulas, mas com direitos menores e sendo ameaçados de demissão (como vimos o governo Leite criminosamente demitindo professores em meio à pandemia). Esses professores já demonstraram a sua capacidade no trabalho e podem ser efetivados sem necessidade de concurso público.
  •  É preciso ampliar os concursos, pois a categoria hoje não dá conta da demanda necessária.

    4. Fortalecer os núcleos e retomar o sindicato nas mãos dos trabalhadores

  •  A burocracia do CPERS, do PT, PCdoB e PDT, controla o sindicato de forma antidemocrática há anos. Gasta milhões para construir casa na praia, em congresso com regalias, e rifa nossos direitos (como vimos na greve de 2019 em que entregou o plano de carreira da categoria). Eles apostam em desgastar Leite e Bolsonaro visando 2022, e não na força dos trabalhadores. Mas até lá vamos sofrendo derrotas e mais derrotas. É preciso tomar o sindicato nas mãos dos próprios trabalhadores.
  •  Organizar assembleias por escolas para eleição de representantes sindicais!
  •  Redemocratizar o sindicato revendo o estatuto.
  •  Durante nossas greves, o comando de greve deve ser a direção da mobilização e deve ter representantes eleitos em cada escola para ligar a direção da greve com a base da categoria (e não apenas representantes das forças políticas)
  •  Direções colegiadas e com rotatividade dos liberados sindicais!
  •  Apostamos na unidade da oposição para derrotar a burocracia do PT e PCdoB, por isso entendemos que o Novo Rumo apresenta esse caminho de unidade, uma vez que as duas outras chapas possuem membros da atual direção do CPERS.
  •  Unidade com outras categorias em luta. Na histórica greve de 2017 perdemos a oportunidade de unificar forças com os municipários de Porto Alegre que travaram forte luta então por conta da decisão da atual direção e outros grupos. Os núcleos podem cumprir papel de se ligar aos processos de luta em curso em cada região também. Afinal, a nossa luta é uma luta de toda a classe trabalhadora!
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