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VACINA PARA TODOS JÁ
A vacinação não pode depender da negligência assassina de Bolsonaro nem dos lucros da Pfizer
Diana Assunção
São Paulo | @dianaassuncaoED
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Foto: Arte/O GLOBO

A negligência assassina de Bolsonaro teve uma escandalosa nova expressão hoje a partir da declaração do ex-presidente da Pfizer na América Latina que diante da CPI da Covid declarou que havia oferecido em 2020 70 milhões de doses de vacina as quais Bolsonaro teria ignorado. A Pfizer, por outro lado, exige acordos secretos, proteção de suas patentes e tecnologias desenvolvidas com investimento público, subordinando a vacinação e as vidas de milhões à garantia de seus lucros bilionários e impedindo que a maioria dos países possa produzir vacinas em massa.

Bolsonaro, Mourão e os militares vem protagonizando um verdadeiro massacre com seu descaso assassino diante da pandemia sendo responsáveis diretos pelas mais de 420 mil mortes no país. A eles se somam os governadores, o Congresso Nacional e o STF que protagonistas da política golpista desde 2016 são responsáveis pela situação de ataques e retiradas de direitos ao conjunto da classe trabalhadora que em sua grande maioria não tem direito às políticas de isolamento social, estando à mercê da sorte nos transportes públicos e nos locais de trabalho.

Neste cenário a escandalosa notícia de que Bolsonaro teria negado a compra de milhões de vacinas é um fermento para o ódio de classe que já se sente todos os dias diante de tantas mortes. Mas nem a CPI da Covid e nem o presidente da Pfizer estão atuando em prol da defesa da população. A CPI como viemos denunciando tem como objetivo pressionar e desgastar o governo Bolsonaro para salvar este regime podre que mantém na ordem do dia uma série de ataques à nossa classe. Os depoimentos são usados como notícias midiáticas de impacto às quais o PT se soma "escandalizado" para cobrir sua paralisia nos sindicatos que dirige impedindo que os trabalhadores e trabalhadoras possam se mobilizar para com sua força enfrentar a situação caótica na qual se encontra o país e impedir que a crise, com covid, fome e desemprego continue sendo descarregada sobre suas costas. A esquerda reformista e centrista lamentavelmente também embarca na estratégia institucional como vemos com a atuação de grande parte dos parlamentares do PSOL.

Por outro lado o depoimento do presidente da Pfizer na América Latina busca transmitir a ideia de que a Pfizer seria uma grande salvadora de vidas quando em realidade a Pfizer exige acordos secretos, proteção de suas patentes e tecnologias desenvolvidas com investimento público, subordinando a vacinação à garantia de seus lucros bilionários. São laboratórios que negociam às custas da vida de milhões já que o reacionário governo brasileiro se negou a comprar as vacinas então para a Pfizer que morram milhares, foi de fato o que ocorreu. Por isso, nossa luta inclui a batalha pela imediata quebra das patentes sem nenhuma indenização às empresas, junto com a transferência de tecnologia e avançar para que os laboratórios sejam estatizados e colocados sob controle operário. Neste momento portanto se torna urgente exigir que as centrais sindicais saiam de seus sofás e organizem a luta da classe trabalhadora junto com os movimentos sociais, negro e de mulheres tomando para si a luta por vacinação para toda a população sem dividir essa demanda por categorias, enfrentando as empresas para que haja quebra das patentes e lutando por Fora Bolsonaro, Mourão, os militares e todos os golpistas.

 
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