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VIOLÊNCIA POLICIAL
Letícia Parks: "Não é possível reformar e controlar as polícias"
Redação

A chacina que ocorreu no Jacarezinho (RJ) na última semana é o odioso retrato do que ocorre nas periferias de todo o país. A política assassina que a polícia, o braço armado do Estado, concretiza nas favelas e que expressa de forma gritante o racismo do Estado. Com a desculpa de guerra contra o tráfico ou contra “bandidos” são responsáveis pelo genocídio que ocorre com a população negra nas favelas.

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“A tristeza e o ódio que muitas famílias estão sentindo nesse momento, e que muitas famílias sentem diariamente, é reflexo direto das políticas dos estados que sempre legitimou o genocídio negro nas favelas e que agora está ainda mais legitimado sob a gestão do governo genocida e racista de Jair Bolsonaro. Do lado de Bolsonaro estão os militares, o STF e todas as forças do regime do golpe institucional.

Fica cada vez mais claro que não são essas forças que farão justiça e que darão fim a essa política assassina, queremos a partir disso abrir um diálogo com vários setores que estão organizando as manifestações do próximo dia 13/05 que tem em um dos motes o controle social da polícia, na nossa visão não é possível reformar as polícias nem controlar socialmente essa força que é parte do Estado. Na nossa visão a nossa luta tem que ser para enfrentar essas forças repressivas pelo fim da polícia.

A polícia é a instituição que defende os interesses do Estado com armas, o Estado é o instrumento de dominação, que permite a exploração, precarização, os assassinatos. O que ocorreu no Jacarezinho, ou em Paraisópolis em 2019, ou em todas as comunidades e favelas pelo Brasil, todos os dias, é política desse mesmo Estado.

Bolsonaro, mas não só ele, governadores, militares, juízes, todos dão base para o racismo institucional e policial. Isso que se escancara com os discursos nas redes sociais como por exemplo o do deputado bolsonarista Sargento Fahur, que tuitou: “Que alegria esta notícia”, e a apagou o tuíte logo na sequência, ou os discursos de que eram todos “bandidos” como a legitimação da “ação” pela polícia civil do RJ.

Pelo fim da polícia, mas também pelo fim desse sistema podre, não só contra Bolsonaro mas também contra todos os agentes do golpe institucional que seguirão assassinando o povo negro, precarizando a vidas dos trabalhadores e colocando a crise criada por eles nas nossas costas, todos as mobilizações do próximo dia 13, que ocorrerão por todo o país, contra o genocídio negro pelas polícias. Nas ruas e com a nossa luta, podemos colocar em xeque toda a podridão desse sistema e impor justiça aos nossos mortos.”

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