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UNIVERSIDADES FEDERAIS
Universidades federais podem fechar até julho após corte bilionário do Governo Bolsonaro
Redação

O corte bilionário de verbas aplicado pelo governo reacionário de Bolsonaro levará o orçamento das universidades ao mesmo patamar de 2004, porém com o dobro de alunos. Alguns reitores já se pronunciaram, alertando sobre a possibilidade de fechamento de várias universidades pelo país até julho.

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A Lei Orçamentária que foi sancionada por Bolsonaro, aprovada pela Câmara e Senado, torna o futuro das universidades federais incerto, cortando R$ 1,1 bilhões do orçamento anual. Inclui nesse corte a assistência estudantil que atende cerca de metade dos estudantes das universidades federais, tornando incerto o futuro de milhares de estudantes. O orçamento para 2021 fechou em R$ 2,5 bilhões, podendo ter R$ 1,8 bi desbloqueados ou não ao longo do ano. Caso ocorra esse desbloqueio, o que é incerto, chegaria ao patamar de verbas de 2006. Para se ter ideia do tamanho do absurdo, o Governo de Bolsonaro gastou os mesmos R$ 1,8 bilhão apenas em alguns tipos de alimentos, incluindo R$ 15 milhões em leite condensado, segundo os dados disponíveis no Painel de Compras do Ministério da Economia.

A reitora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Denise Pires Carvalho, afirmou que "as aulas só continuam porque estão remotas, mas todos os serviços da universidade, como hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, serão interrompidos". Ou seja, cortando das universidades, Bolsonaro e companhia cortam de um setor essencial da linha de frente do combate à pandemia do coronavírus. São 50 hospitais universitário no país que possuem leitos destinados à Covid-19, além de realizarem testagem e outros serviços, e que tem seu futuro ameaçado por Bolsonaro e pelos deputados e senadores que votaram a favor desse orçamento. Além disso, o Ensino Remoto Emergencial (ERE), com esse novo corte de verbas, pode perder seu caráter "emergencial" e, como já apontam algumas universidades pelo país, virar regra, precarizando ainda mais o ensino e o trabalho.

"Para lidar com o atual cenário, a UnB trabalha de forma a preservar as suas atividades-fim, postergando despesas, sempre que possível", afirma a nota da UnB (Universidade de Brasília). Uma prova de que os primeiros setores a sentirem o impacto dos cortes serão as trabalhadoras terceirizadas que constituem grande parte do corpo de funcionários das universidades. Assim como os estudantes cotistas que recebem alguma forma de auxílio para poder estudar. Somente na assistência estudantil foram cotados R$ 180 milhões.

O cenário é de total desmonte das universidades federais. No momento em que o Brasil segue com milhares de mortes diárias pela covid-19, batendo recordes de desemprego, fome e miséria, as universidades poderiam cumprir um papel fundamental. Entretanto, Bolsonaro e grande parte da Câmara e Senado geram ainda mais desemprego e cortam de setores essenciais. E para administrar as ruínas das universidades de forma totalmente submissa que Bolsonaro nomeou dezenas de interventores nas universidades. Enquanto ferem de morte as universidades, abrem espaço, cada vez mais, para a iniciativa privada dentro da educação que deveria ser pública.

 
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