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POR UM PLANO EMERGENCIAL CONTRA PANDEMIA E A FOME
Realidade de 19 milhões passando fome exige luta pelo congelamento do preço dos alimentos
Lia Costa

Depois de mais de um ano na pandemia, a população segue sofrendo tendo todos os dias que escolher entre morrer de covid ou de fome. O desemprego atinge um índice altíssimo, os patrões e o governo se aproveitam disso para nivelar a vida de todos para baixo e a insegurança alimentar já atinge mais da metade dos lares no país. Essa crise não é nossa e o lucro não pode ser colocado acima dos nossos direitos, das nossas vidas. É preciso uma saída independente de classe.

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Foto: Fotoarena/ Folhapress

Já são mais de 410 mil mortes por covid, 14,6 milhões de pessoas desempregadas, 19 milhões passando fome e 55% dos brasileiros sofrendo algum tipo de insegurança alimentar. Isso foi onde chegamos até agora com a política de Bolsonaro e os militares, mas também, não menos importantes, das políticas de outras alas golpistas do país, como STF, Congresso e governadores.

Veja aqui: Com recorde de desemprego e fome, as centrais sindicais esperam 2022: é preciso organizar a luta agora.

O preço dos alimentos aumentou 15% no acumulado desde o início da pandemia, enquanto os salários foram reduzidos, os direitos trabalhistas atacados e o desemprego aumentando. Esse aumento foi o triplo da inflação geral no mesmo período, que foi de 5,20%.

O país que alimentou 10% da população mundial com sua produção agrícola em 2020, agora só na região do Nordeste, onde se concentram também governos do PT, 70% da população vive em insegurança alimentar.

Isso porque toda a produção de alimentos dentro do sistema capitalista, assim como a de qualquer outro produto - como o oxigênio para poder respirar - está a serviço do enriquecimento dos grandes empresários, mesmo que isso signifique famílias inteiras morrerem por desnutrição ou doenças como a covid.

A pandemia aprofundou ainda mais a crise econômica de 2008 que vem sendo jogada nas costas da juventude pobre, dos trabalhadores, dos negros, das mulheres e todos os outros setores oprimidos. No Brasil, um golpe institucional foi imposto para que ataques ainda maiores que o PT já vinha aplicando, passassem por cima das nossas vidas e direitos.

Hoje, em plena pandemia, com média acima de 2 mil mortes diárias; sem um auxílio emergencial digno de no mínimo um salário mínimo; com o desemprego e a fome - o Estado, balcão de negócios dos mais ricos, garante o lucro de poucos, chegando a garantir que possam aumentar os preços dos alimentos para que sejamos nós a pagar por essa crise.

Veja aqui: Combater a fome no celeiro do mundo.

A fome exige a luta pelas nossas vidas. Em outros países a população começa a se levantar e questionam os ataques de direitos, a precarização da vida, a exploração, a opressão e a violência da polícia - esse aparato repressor do Estado. Um exemplo de luta é agora na Colômbia, onde a população não luta apenas para a derrubada de uma reforma, mas agora se levanta nas ruas contra todos os ataques, o desemprego, a fome e o governo de direita, que por sinal é um importante aliado de Bolsonaro na América-Latina.

É preciso unidade entre sindicatos e as lutas já em curso de setores de trabalhadores, somados com os movimentos populares e a juventude, para que seja construído um plano efetivo de lutas, que impulsione a auto-organização dos explorados e oprimidos, buscando assim uma saída independente de classe, para derrubar todas as reformas e aplicar outras medidas emergenciais como um auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo e o congelamento do preço dos alimentos para que nenhuma pessoa morra de fome ou siga em qualquer tipo de insegurança alimentar. Os lucros de poucos não podem estar acima da vida da grande maioria da população.

 
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