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PRIVATIZAÇÕES
Bolsonaro, Guedes e banqueiros avançam nas privatizações. Por um plano de lutas já!
Rafael Barros
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A chegada dos 400 mil mortos pela pandemia e o descaso dos governos veio junto com o dia do leilão da Cedae e a venda de uma estatal fundamental para a vida do dia-a-dia dos trabalhadores cariocas.

A precarização da empresa, conduzida por anos por prefeitura e governo do Rio, já é sentida pela população mais pobre, desde a ausencia de saneamento em diversas regiões até a água turva com a qual bairros e favelas do Rio de Janeiro tiveram de se acostumar nos últimos anos.

Com a venda da Cedae, que teve participação do leilão de empresas representadas pelo Itaú, BTG Pactual e XP Investimentos agora aponta para um caminho de ainda mais precarização em nome do lucro de empresários que tomarão conta de estatais cruciais para a qualidade de vida da população.

Da alta de preços até a queda na qualidade dos serviços, as consequências desta privatização são as mesmas de outras que estão nos planos de Bolsonaro e de seu guru da privatização, Paulo Guedes. A Eletrobrás está também na mira e o medo da alta nos preços de energia é vivo. Assim como as entregas em lugares distantes e nada lucrativos de se entregar, no Brasil profundo, feito por trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, que com certeza seriam deixados de lado após uma privatização.

Bolsonaro, Guedes e banqueiros avançam na entrega dos recursos do país, a preço de banana, em nome da penetração ainda mais profunda do capital estrangeiro no país. E como fica claro, a Cedae não é, de longe, um caso isolado tanto das consequências que serão gestadas com a privatização quando dos planos de avanço entreguista de Bolsonaro.

É necessário impedir a entrega do país para a mão da iniciativa privada e de capitalistas estrangeiros, em defesa dos empregos de trabalhadores e trabalhadoras das empresas estatais, mas também em defesa da população atendida por essas empresas, que sofrerão as consequências cotidianas da política de Bolsonaro como já sofrem com todos os seus ataques.

Para isso, é preciso por de pé um verdadeiro plano de lutas, que organize a classe trabalhadora, de diversos setores, em unidade. Impedindo que, assim como ocorreu em 2020 com lutas como dos eceetistas e dos petroleiros, terminem isoladas, e com poucas forças para lutar contra ataques que afetam trabalhadores em nível nacional. E por isso é fundamental exigir que a CUT e a CTB, centrais sindicais dirigidas por PT e PCdoB, deixem imediatamente de cumprir este papel divisionista dentro das fileiras da classe trabalhadora, que acaba sendo uma verdadeira trégua frente a Bolsonaro.

Colocar de pé assembleias, nos locais de trabalho, com organizações presenciais atendendo todas as medidas sanitárias, e também garantindo espaços para os trabalhadores que estão de forma remota, também querendo se enfrentar contra Bolsonaro, e unir forças de trabalhadores que por mais de uma vez se enfrentaram com os desejos privatizantes de governos atrás de governos.

Esse plano de lutas pode apontar o caminho para um enfrentamento da classe não apenas contra as privatizações, mas também contra o Teto de Gastos, a "justificativa" dos políticos para a venda do país ao imperialismo. Atacar a ferramenta que garante que o Estado não gaste com seus serviços, em nome de enviar cada vez mais e mais dinheiro para banqueiros pela via da Dívida Pública, que vai, aos poucos, destruindo estatais, para preparar o terreno para leilões e vendas relâmpagos.

Essa luta pode apontar o caminho contra um dos pontos cruciais do projeto não apenas de Bolsonaro e Guedes, mas de todo este regime fruto do golpe e todos os seus atores golpistas, que também confluem com Bolsonaro quanto às privatizações. Uma luta que pode ser parte de um enfrentamento contra todo o regime, e apontar o caminho da luta por uma Assembleia Constituinte no Brasil, imposta com base na luta dos trabalhadores, que, diferente do que querem as centrais sindicais, como deixou claro o ato do 1º de maio da CUT, aguardam as eleições, pode mais do que mudar jogadores, mas sim, mudar as regras do jogo e colocar abaixo não só as privatizações, mas todo o conjunto da obra golpista, de reformas e do Teto de Gastos.

 
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