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METRÔ
Nós metroviários precisamos apoiar ativamente a luta da LG buscando a unificação
Fernanda Peluci
Diretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe
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Desde o início de Abril, mais de mil trabalhadoras da LG de Taubaté e de suas três fornecedoras terceirizadas da Suntech, Bluetec e 3C, protagonizam uma corajosa luta em defesa de seus empregos após o anúncio de fechamento das plantas. Decidiram parar a produção e declararam greve, mesmo sob ameaças e intimidações das patronais. A LG, multinacional que lucrou mais de 1 bilhão de reais em 2020, quer encerrar a produção de celulares no Brasil e deixar mais de mil famílias na rua em meio à pandemia, sendo a maioria destes trabalhadores mulheres. 

O Metrô de SP segue a mesma lógica de ataques aos direitos e avanço da precarização do trabalho, como vemos agora novamente com o governador Doria querendo lançar um ataque brutal novamente este ano atacando o Acordo Coletivo da categoria, e também como foi avançando no último período com a terceirização de serviços. O mesmo acontece com a LG e suas três fornecedoras. Nos dividem entre efetivos e terceirizados pois querem enfraquecer a nossa classe.

A burocracia sindical é cúmplice dessa divisão. A CUT - que é parte da Chapa 1, majoritária no nosso sindicato dos metroviários - dirige o sindicato dos trabalhadores efetivos, com contrato direto, e atuou contra a unificação com as terceirizadas, defendendo um acordo de indenização específico para os trabalhadores efetivos.
 

Estamos todos sofrendo com a situação dramática da pandemia, fruto do negacionismo de Bolsonaro, perdendo familiares e amigos por Covid e o colapso da saúde, com escassez de vacina, falta de leitos, respiradores, medicamentos, as demissões em massa e a fome se alastrando no país. No Metrô não paramos de trabalhar um só dia, sob ataques do governo Doria e da empresa, falta de EPIs para os terceirizados e demissões de companheiros efetivos e terceirizados. Na bilionária LG também as trabalhadoras seguiam produzindo até o momento, até que a patronal as considerasse descartáveis. 

Mas as terceirizadas da LG seguem resistindo, e por isso é fundamental nossa solidariedade de classe. Vários outros focos de resistência se expressam pelo país contra a retirada de direitos, por medidas sanitárias e garantia de empregos, como na saúde e outros setores dos transportes. Porém seguem separados e sem uma articulação. As direções dos sindicatos e as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, precisam urgentemente sair da paralisia e organizar um plano de lutas que possa unificar todos os setores que se mobilizam, pois o que os governos e patrões mais temem é a nossa união. 

É preciso que os metroviários apoiem ativamente a luta dessas guerreiras terceirizadas da LG, com o nosso sindicato organizando delegações para os atos, assembleias e demais ações que decidam realizar. Se essas trabalhadoras vencerem essa batalha, fortalece também a nossa luta aqui no metrô e todos os trabalhadores de conjunto! É nessa perspectiva que nós do Pão e Rosas e do Nossa Classe atuamos no metrô, debatendo com nossos companheiros de trabalho e nas assembleias. 

 
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