“Amanhã é o dia internacional dos trabalhadores, 1º de maio, em que lembramos da luta, força e história da classe trabalhadora. A data surgiu de uma paralisação operária em 1886 que exigia a jornada de 8 horas de trabalho e melhores condições de trabalho. A história do 1º de maio, assim como de toda a nossa classe, é marcada pela luta incansável contra os patrões e a exploração.
De lá pra cá, 135 anos se passaram e nos encontramos hoje em 2021, no Brasil de Bolsonaro e Mourão, com a crise sanitária, econômica e social deixando marcas profundas nas costas dos trabalhadores, com o nível de desemprego altíssimo, com a fome afetando cada vez mais famílias e também com a mesquinhez dos capitalistas que em nome de seus lucros atropelam e massacram a vida de milhões, expondo ao vírus que já condenou 400 mil à morte pela Covid-19 no Brasil, retirando direitos, fechando as portas de fábricas e demitindo centenas, como é o atual caso das trabalhadoras da LG.
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Em meio à crise capitalista aguda que vivemos, é preciso nos inspirar na história de luta da classe trabalhadora que marca este 1º de maio. E isso significa também, fortalecer os processos que acontecem atualmente, como esse das trabalhadoras da LG, mas também dos educadores que ao redor do país fazem diversas greves contra a reabertura insegura das escolas, ou dos trabalhadores da CEDAE no Rio de Janeiro, que começaram uma forte luta contra as privatizações.
O 1º de maio precisa dar voz aos trabalhadores que resistem. É preciso que as centrais sindicais unifiquem e coordenem, para que as lutas possam massificar e vencer.
As centrais sindicais de esquerda, CSP-Conlutas e a Intersindical farão um ato virtual independente, rompendo com o ato convocado pelas grandes centrais sindicais que reúne CUT, CTB, UGT e Força Sindical, sendo estas últimas abertamente traidores, defendendo os interesses dos patrões. É muito importante essa iniciativa independente e nós do Esquerda Diário e Movimento Revolucionário de Trabalhadores nos somaremos a este 1º de Maio classista.
Para que este 1º de Maio seja realmente classista, acreditamos que é preciso amplificar, preenchendo de solidariedade ativa, debatendo sobre e dando voz às trabalhadoras terceirizadas da LG que seguem na luta com uma greve contra o fechamento das fábricas BlueTech, SunTech e 3C que vão deixar centenas sem ter o que comer. Se inspirando na história de luta desta data internacional, precisamos fortalecer todas as lutas que hoje despontam.
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