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RETORNO INSEGURO DAS AULAS
Tem professor morrendo de COVID-19 e Dória segue abrindo as escolas
Redação

Professores enfrentam o medo de contaminação por COVID-19 enquanto Doria e companhia continuam com suas posições ultrajantes à classe.

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Foto: Govesp

Pra mais de um ano temos enfrentado o descaso de Bolsonaro e Doria, assim como temos perdido nossos familiares e amigos em meio a crise pandêmica. Professores de todo país estão tendo que lidar com a pressão psicológica de terem que voltar em condições insalubres ao chão de escola, onde por um lado se expõem ao risco de contaminação e por outro, visualizam crianças e jovens sendo uma via potencial de transmissão, olhando do ponto de vista que muitos moram em condições precárias e que em maioria residem com alguém que é grupo de risco, deixando em letras garrafais que as boas intenções de Doria e companhia não passam de pura demagogia. Demagogia que fica muito clara, quando por esses dias a Câmara aprovou aulas presenciais como serviço essencial, não dando direito algum a comunidade escolar a poder intervir nesta decisão, em soma, foram 276 votos pelos Deputados da Câmara aprovando a essencialidade das aulas presenciais, mesmo sem nenhuma segurança sanitária aos professores, alunos e funcionários. Expressam a ideia de ser essencial o retorno das aulas, mas esquecem de expressar a necessidade de destinar verbas à estrutura e pensar com racionalidade nos salários dos professores e funcionários.

O medo de contaminação não está presente apenas no dia a dia dos professores da rede pública, professores da rede privada também vem relatando seu medo da contaminação e expressando as opressões dos patrões, que desde o ano passado, estão preocupados em manter seus lucros, se apoiando no negacionismo e demagogia de Bolsonaro que levanta a bandeira que o Brasil não pode parar, coloca em riso toda comunidade escolar impactando consequentemente no aumento das demandas hospitalares de cada região. Em meio a crise pandêmica, governadores e donos de escolas acreditam cegamente que há possibilidade de seguir qualquer método no que diz respeito a seguir os protocolos sanitários dentro da sala de aula, o que vale ressaltar, que é impossível seguir protocolos sanitários quando às quatro da manhã já é presente no centro de São Paulo aglomerações absurdas de trabalhadores e trabalhadoras indo aos seus locais de trabalho, quem dirá no chão de escola? Fica claro que não é possível quando alcançamos dois mil casos de COVID nas escolas após Doria forçar o retorno presencial das aulas, assim como, quando vimos uma criança de 13 anos sendo vítima do vírus em Campinas sob responsabilidade de Doria e Rossieli.

Hoje alcançamos 2403 casos de contaminação por COVID-19 em pessoas que trabalharam presencialmente nas escolas, de 26 de janeiro de 2021 até os dias de hoje, já alcançamos na rede estadual de ensino 78 óbitos, somando professores e alunos, e esses óbitos surgem devido às atividades e aulas presenciais na rede estadual de ensino, sendo cada morte sob responsabilidade de Doria, Rossieli e companhia.

Não podemos acreditar nos discursos demagógicos de Doria, nem tão pouco nessa nova roupagem de Bolsonaro, que traz todo um diálogo em relação a vacina e “controlar” a pandemia . Não podemos acreditar em nada que vem desse governo que visa privilegiar empresários, militares e etc... enquanto nós trabalhadores, de diversos setores, sofremos todas as pancadas dada por essa crise que não criamos, não podemos aceitar que deputados como Ricardo Barros diga que os professores tem que voltar às escolas porque eles não gostam de trabalhar, seguindo a ideia imunda de que os professores foi/é um setor privilegiado durante a pandemia por terem ficado em casa, mas que privilégio há em ficar horas em reuniões, aulas, palestras online? O que eles chamam de privilégio é o tormento psicológico de todo professor durante a pandemia.

É urgente que as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, que estão na palma da mão do PT e do PCdoB, rompa imediatamente com essa paralisia criminosa e se coloquem de fato do nosso lado, devemos construir frentes amplas, precisamos reivindicar à APEOESP, principal sindicato da América Latina que organize um plano de luta, construído em totalidade pela base, contra as aulas presenciais, contra as aulas presenciais serem encaradas como serviço essencial, se posicionando em defesa da categoria e de seus direitos. Precisamos fortalecer a auto-organização dos trabalhadores para que seja a comunidade escolar em conjunto com os trabalhadores da saúde que decida quando e como às escolas devem abrir.

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