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TODO APOIO À GREVE DO METRÔ/DF!
Greve dos metroviários no DF completa uma semana sob ataque arbitrário do judiciário
Eduardo Máximo
Estudante da UnB e bancário na Caixa

Após decisão da ministra do TST, Maria Cristina Peduzzi, na última sexta-feira (23) o judiciário decidiu o mínimo de funcionamento dos trens em 80% em horários de pico e 60% nos demais enquanto durar a greve. O judiciário golpista tem arbitrado sobre o percentual de funcionamento da frota em um claro ataque a um direito constitucional básico, o direito de greve, e parece se preparar desde já para tentar impedir o desenvolvimento da luta de classes no Brasil.

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Foto: Mobilidade Sampa

Os metroviários do DF chegam ao 8° dia de greve tendo que enfrentar não apenas os interesses privatistas do governo de Ibaneis e Bolsonaro, mas também a justiça golpista que continua arbitrando para impedir o direito constitucional de greve. Na última sexta o TST determinou que o funcionamento do metrô deve ser de 80% nos horários de pico. Essa intervenção não se limita à greve do metrô, ocorreu também na paralisação dos bancários da Caixa hoje. O judiciário parece se preparar desde já para tentar impedir o desenvolvimento da luta de classes no Brasil.

Os metroviários do DF têm enfrentado uma dura greve, contra a retirada de direitos, pelo direito à vacinação e contra os interesses do governador Ibaneis Rocha, aliado de Bolsonaro, que quer precarizar e privatizar o transporte para garantir os lucros de um punhado de empresários. Mas a batalha vai além, se enfrenta contra estes atores da extrema direita reacionária responsável pelas quase 400 mil mortes no país, mas também contra o judiciário golpista que tem arbitrado sobre o percentual de funcionamento da frota em um claro ataque a um direito constitucional, um direito básico de qualquer trabalhador, o direito de greve.

Desde o início da paralisação, acatando pedido do governo Ibaneis e da diretoria do metrô, foi estabelecido pelo TRT que a frota de trens deveria manter o funcionamento de 60% nos horários de pico e 40% nos demais. Após decisão da ministra do TST, Maria Cristina Peduzzi, na última sexta-feira (23) o judiciário foi além e decidiu aumentar este índice determinando o mínimo de funcionamento dos trens em 80% em horários de pico e 60% nos demais, enquanto durar a greve.

Na última assembleia da categoria, realizada no sábado (24), seguindo indicação da diretoria do sindicato, os metroviários decidiram cumprir esta decisão. Pesa ainda sobre a categoria os absurdos descontos de 77 dias da greve de 2019, avalizados pelo mesmo TST que naquela ocasião, assim como agora, mostra seu caráter de classe: defender os interesses da patronal e dos governos ajustadores.

Uma das argumentações utilizadas pela ministra Maria Cristina Peduzzi para limitar a greve é que por se tratar de um serviço essencial, ainda mais em um contexto pandêmico, o metrô deve seguir mantendo o funcionamento próximo de sua capacidade regular para evitar aglomerações dos trabalhadores nos trens. Segundo a ministra “o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade não pode ser desvinculado do contexto atual, em que o grau de funcionamento do transporte afeta diretamente o risco de contaminação e disseminação do novo coronavírus“

Nada mais demagógico já que os transportes durante a pandemia seguem lotados, os ônibus seguem cheios enquanto morrem motoristas e cobradores, justamente porque para Bolsonaro, Ibaneis, governadores, congresso e judiciário o lucro dos capitalistas está acima das vidas dos milhões de brasileiros, não se garante a liberação remunerada dos trabalhadores não essenciais, não há testagem e vacinação em massa da população, leitos de UTI e oxigênio.

Mas essa atuação do judiciário trabalhista não se limita a atuar apenas contra os metroviários no DF. Em decisão inédita o TST também determinou um percentual de funcionamento de 60% diante da paralisação dos bancários da Caixa hoje. Com estas decisões, o judiciário mostra uma disposição ímpar em impedir que setores organizados da classe trabalhadora brasileira mostrem sua insatisfação e se mobilizem frente a crise econômica, social e pandêmica. Mostra o medo que tem o governo e os atores do regime golpista frente a possibilidade de explodir no Brasil a revolta dos trabalhadores que sofrem todos os dias na linha de frente, enquanto milhares morrem sem vacina, e daqueles tantos milhões que perderam seus empregos e amargam a miséria e a fome no país.

Por isso acreditamos que os metroviários não devem depositar nenhuma confiança neste judiciário. Apoiamos a greve dos metroviários na perspectiva de que essa e outras batalhas possam também se unificar e mostrar a força de nossa classe contra os ataques de Bolsonaro, Ibaneis e dos capitalistas. Todo apoio à greve dos metroviários no DF!

O Esquerda Diário se coloca à disposição para dar voz aos trabalhadores contra as difamações da mídia burguesa e veicular denúncias contra a empresa nessa batalha decisiva para a categoria! Estamos com vocês!

Veja também: VÍDEO: Estudantes e trabalhadores em apoio à greve do Metrô/DF!

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