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Chile: greve portuária começou com mobilizações e bloqueios de estradas nessa quarta-feira (22), pelo direito ao #TercerRetiro e contra Piñera
Redação

Em diferentes partes do país, fez-se efetiva a mobilização que a União Portuária anunciou de forma progressiva em resposta à decisão de Piñera de levar o #TercerRetiro ao Tribunal Constitucional. A ação consiste em tentar impedir que os trabalhadores saquem até 10% de seus fundos previdenciários, como forma de sobreviver à crise.

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Em diferentes partes do país, fez-se efetiva a mobilização que a União Portuária anunciou de forma progressiva em resposta à decisão de Piñera de levar o #TercerRetiro ao Tribunal Constitucional. A ação consiste em tentar impedir que os trabalhadores saquem até 10% de seus fundos previdenciários, como forma de sobreviver à crise.

Durante a jornada desta quarta-feira, houve mobilizações de trabalhadores portuários em diferentes pontos do país, com destaque para ações de rua como em Ventanas na quinta região com bloqueios de estradas, além da paralisação das atividades, com pronunciamentos políticos em todo o país, como é o caso de Antofagasta, onde os trabalhadores declararam que isso que estavam fazendo "eles estavam fazendo pelo povo".

A indignação pelo fato de Piñera negar o #TercerRetiro do fundo previdenciário, levando-o ao antidemocrático Tribunal Constitucional, não esperou, na terça à noite panelaços foram vistos por todo o país mostrando descontentamento. Também se fez pública a declaração da União Portuária que chamou por paralisação progressiva pelo #TercerRetiro e contra Piñera e seu governo.

Em Valparaíso, os trabalhadores portuários paralisaram e realizaram uma coletiva de imprensa na sede do sindicato. Os turnos que correspondem das 8h da manhã às 15h30 foram paralisados.

Por sua vez, centenas de trabalhadores e sindicatos portuários em Caldera bloquearam a estrada, exigindo os 10% do fundo previdenciário e a renúncia de Piñera. A cidade de Caldera viu a indignação nas ruas causada pela medida do governo de apelar ao Tribunal Constitucional para impedir a retirada de fundos das AFPs. Os trabalhadores vêm aderindo ao chamado pela paralisação progressiva da União Portuária do Chile, que se deu início na quarta-feira.

Trabalhadores portuários também foram mobilizados no porto de San Antonio. Os números giram em torno de 6 mil trabalhadores que aderiram a este dia de mobilização. Os portuários mostram o caminho e que os trabalhadores têm a força necessária para derrotar o governo.

Na quinta região, em Ventanas, mais de 100 trabalhadores portuários foram às ruas expressar a necessidade das paralisações.

Os trabalhadores portuários de Antofagasta se somaram à paralisação nacional do Sindicato Portuário frente à decisão de Piñera de recorrer ao Tribunal Constitucional para evitar a aprovação da “terceira retirada de 10%”. Eles também exigiram o fora Piñera e chamaram todo povo a se unir.

A ação desta quarta-feira 21/4 faz parte de um chamado de greve nacional progressiva por parte da UP, que avalia novas paralisações e medidas de força até que Piñera desista de recorrer ao TC.

A atual liderança da CUT, após meses de silêncio e trégua com o governo, convocou uma "greve geral da saúde" em 30 de abril. Mas as palavras têm de se converterem em ações.

A Coordenadora dos Sindicatos do Comércio e Serviços Financeiros pediu adesão à greve do dia 30. Assim como a ANEF dos servidores públicos.

Desde a mineração, a Federação dos Trabalhadores do Cobre (FTC) declarou-se em estado de alerta e a Confederação dos Trabalhadores do Cobre (CTC) convocou as mobilizações. Precisam construir esses chamados e preparar ativamente uma grande greve em 30 de abril. Com os mineiros a luta contra Piñera pode dar um salto. É fundamental que os mineiros se levantem e sigam o exemplo dos portuários. Seu peso na economia nacional pode desferir um golpe para os amigos de Piñera, donos do Chile, e se essa força poderosa for acionada, pode estimular novos setores.

Também os trabalhadores do metrô se colocaram em alerta, no marco de suas negociações coletivas. Recentemente desde o Sindicato nº 2 fizeram uma greve e bloquearam algumas estações do metrô exigindo pagamentos não cumpridos da empresa e denunciando as demissões de terceirizados.

É o momento de os trabalhadores saírem em unidade e coordenação, junto às mulheres e à juventude para torcer a mão criminosa do governo Piñera.

É preciso avançar em coordenação com os demais sindicatos mineiros, industriais, públicos e varejistas, junto com as organizações de bairro e preparar uma grande greve geral.

Deve ser o início de um plano de luta organizado e mobilizado para conquistar a demanda do povo chileno: por uma renda emergencial universal de 550 mil pesos, um salário mínimo e uma pensão digna de 550 mil pesos, proibição de demissões e suspensões. E que a crise seja paga pelos grandes empresários, não pelas trabalhadoras chilenas. Recursos existem, mas para isso os chilenos devem iniciar uma luta para colocar esses recursos em prol de um plano de emergência sanitária e social, para o benefício das grandes massas trabalhadoras e populares.

Para quebrar a trégua que as lideranças da CUT vêm cumprindo, é preciso promover assembleias e comitês de greve de base nos locais de trabalho e coordenar a luta desde aí. Não se deve almejar uma greve testemunhal para sentar à mesa e negociar migalhas com o governo criminoso do Piñera, nem depositar confiança em uma "oposição" cúmplice do governo, como é o caso da Bárbara Figueroa do PC.

Mais do que nunca, para derrotar o governo e ser vitoriosos nas demandas, os trabalhadores chilenos devem organizar a sua raiva e descontentamento, nos hospitais, nos locais de trabalho e nas ruas, para que não sejam eles que paguem pela crise. Piñera tem que cair, e deve ser derrubado nas ruas.

 
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