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Os professores da rede municipal de Belo Horizonte (MG) votaram a favor de entrarem em “greve sanitária” em uma assembleia virtual que ocorreu nesta terça-feira (20/04). Com isso, os professores vão continuar dando aula remota, em vez de presencial.
A assembleia virtual, que foi convocada depois de a prefeitura anunciar o retorno das aulas presenciais na educação infantil, contou com cerca de 2,3 mil professores. O Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) convocou a assembleia depois que o secretário municipal de Planejamento e Orçamento de Belo Horizonte, André Reis, anunciou a volta às aulas durante coletiva realizada nesta segunda-feira (19/4).
Daniel Wardil, diretor do sindicato, afirma que a assembleia definiu pelo não retorno presencial e pela manutenção do ensino remoto, dizendo que “não é possível cumprir esse protocolo da prefeitura. A própria prefeitura não o segue, já que os servidores terceirizados do grupo de risco, como faxineiras, estão sendo convocados para trabalhar, o que é vedado pelo protocolo”.
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Wardil disse que no ano passado a prefeitura informou que as aulas só voltariam quando a incidência de casos estivesse em 20 por 100 mil habitantes, o que está muito distante da realidade atual.
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Uma nova assembleia está marcada para as 9h de quinta-feira (22), para ratificar a greve e definir os moldes que serão seguidos.
Essa tentativa de volta às aulas presenciais é uma medida de Alexandre Kalil para empurrar a vida de professores, crianças e demais trabalhadores para a pandemia, pois o prefeito não garante testes massivos, nem contratações na saúde, nem a vacinação dos trabalhadores da linha de frente, nem um auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo, dentre outras medidas.
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