Foto: Fabio Scremin/APPA
O arroz, item básico da mesa do trabalhador, teve uma safra acima do previsto de 11,1 milhão de toneladas. Porém, os preços também são os maiores já vistos em um período pós-safra, com sacas negociadas a R$ 87, um aumento de 58% em um ano.
As carnes, diante da desvalorização da moeda nacional e a demanda externa mais lucrativa, faz com que os latifundiários tornem a arroba do boi 61% mais cara do que há 12 meses, a de suíno está 74% acima do valor.
O milho, com a justificativa do plantio ser fora do período ideal, também está com preços elevados, com as sacas chegando a R$ 97 na região de Campinas, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
A soja, a principal fonte dos lucros do agronegócio e que em meio a pandemia se manteve com a produção e ganhos recordes, mesmo chegando a uma maior oferta de 137 milhões de toneladas não esperadas, está 74% acima do valor de um ano atrás.
O farelo também encarece e impacta os preços das proteínas, o que será pago pelo consumidor final, que nos últimos meses já viu sumir da mesa carnes vermelhas. Os valores altos também atingem os combustíveis, devido ao etanol.
Os capitalistas do agronegócio buscam manter os seus lucros recordes, nem que para isso a população pobre e trabalhadora seja quem sofra da alta inflação e fome. Com o real desvalorizado e a demanda externa alta, esses grandes proprietários deixam claro que para bater novos recordes de lucros, estão dispostos a arrancar da mesa da população pobre e trablhadora os alimentos mais essenciais.
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