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Um chamado de luta pela UFCG: Reconstruir o movimento estudantil e o livro mulheres negras e marxismo
Ariane Alves
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Iniciaremos amanhã o grupo de estudos sobre o curso “Mulheres negras e marxismo” do Campus virtual Esquerda Diário, que abordará a partir dos conceitos marxistas a questão negra e de gênero. O curso leva o mesmo nome do livro recém lançado pela Editora Iskra, organizado por Letícia Parks, Odete Assis e Carolina Cacau, conta também com a edição de Diana Assunção.

Assim, este texto é um convite a comunidade que compõe a UFCG, especialmente as mulheres negras a participar do curso. Acreditamos que a teoria não se aparta da prática, assim a universidade é uma esfera da sociedade e expressa dentro dela as opressões e exploração determinantes na sociedade, assim, necessita de uma resposta para enfrentar a aliança entre sistema capitalista, o racismo e o patriarcado.

A UFCG tem sofrido com ataques de Bolsonaro e Milton Ribeiro, com um interventor na própria UFCG, Antônio Fernandes foi nomeado em decreto no dia 23 de fevereiro. Não é segredo que o governo Bolsonaro e todo o regime do Golpe Institucional tem realizado um verdadeiro desmanche no ensino público, aprofundando os cortes que já vinham dos governos do PT. Os constantes ataques realizados ao não respeitar a autonomia universitária na escolha de reitores (processos que em si, já são antidemocráticos por não respeitarem o mínimo conquistado na revolução francesa, ou seja, o voto individual por pessoa), o mais recente corte de R$ 1,1 bilhão e as mais de 350 mil mortes pela Covid-19 apenas demonstram a faceta nefasta de um regime que defende os interesses da burguesia.

Na UFCG os efeitos dessa política de materializam na precariedade da instituição, na ausência de concursos públicos para docentes e no aprofundamento das condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas. Os impactos também afetam estudantes de graduação que dependem de auxílios da pró-reitoria de Assuntos Comunitários, além dos estudantes de Pós-Graduação, que devido aos cortes da CAPES, estão sem bolsas, um quadro que é presente em todo o país.

Veja mais em: Comunidade universitária realiza ato contra intervenção de Bolsonaro na UFCG

Diante desse cenário, o curso vem a ser uma ferramenta de luta não somente as mulheres negras que compõe a UFCG e que querem lutar contra a opressão de gênero e o racismo, mas também a toda a comunidade acadêmica que almeja mudar a situação dentro da própria universidade, tendo em vista que o marxismo revolucionário une teoria e prática contra as formas de opressão e exploração. É necessário reconstruir um movimento estudantil com bases do marxismo revolucionário como forma de luta e que supere o burocratismo existente em organismos como a UNE, que desvinculam a luta dos trabalhadores à luta dos estudantes.

O curso acontecerá todas as terças-feiras às 20h e será dividido em quatro aulas com os seguintes temas: Opressão e exploração; Luta negra e luta de classes; Negras no topo? E Mulheres negras e estratégia socialista. Nossa idéia é abordar os conceitos de exploração e opressão e sua relação com a luta de classes e a luta negra.

A ideia central do curso é abordar conceitos como o de exploração e opressão e sua relação com a luta de classes e a luta negra. Debatemos a compreensão que raça e classe são elementos indissociáveis, mas tampouco caímos num essencialismo pequeno burguês que considera as mulheres burguesas que vivem à custa do trabalho alheio como aliadas da classe trabalhadora. O que nós separa é a classe e não simplesmente o gênero como muitas teorias vinculadas à intencionalidade tenta promover como a última descoberta da “roda”.

Nessa perspectiva, fazemos o chamado a toda comunidade da UFCG para participar desse curso de modo a nos armarmos de ideias revolucionárias para a luta.

 
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