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FALTA DE VACINAS
Fica cada vez mais distante a possibilidade de vacinação da metade da população até junho
Redação

O novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, vem dando continuidade a catastrófica gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, pois não consegue garantir vacinas para a população brasileira, que vem sofrendo com números astronômicos de mortos e contaminados por Covid-19. Mas tudo isso faz parte da política genocida de Bolsonaro, o STF, o Congresso e os governadores.

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FOTO: Sérgio Lima/Poder360

Contrário ao que prometia o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga, de que até junho metade da população brasileira seria vacina, o que está acontecendo na verdade é que fica cada vez mais impossível prever quando de fato isso irá acontecer.

A expressão desta incapacidade do governo está na constante mudança dos cronogramas das produções das doses de vacina. Uma das primeiras estimativas do Ministério da Saúde era de uma previsão de 68 milhões de doses até março. Porém, nesse período, apenas 44 milhões de doses foram entregues, ou seja, 65% do que estava estipulado.

Desde que tomou posse, Queiroga já mudou duas vezes a previsão de oferta de vacinas para abril. A primeira estimativa era de 47,3 milhões de doses nesse mês, o que depois passou para 25,5 milhões. Agora, o ministro diz que abril terá 30,5 milhões de doses asseguradas para abril. O ministério não tem respostas sobre qual é a previsão exata por fornecedor.

Enquanto que a Fiocruz e o Butantan, que são os responsáveis pela maior parte das entregas, dizem prever que haverá uma entrega de 29,2 milhões de doses para abril.

O ministério também afirma haver uma previsão de 562 milhões de doses até o fim do ano. Mas desse total apenas 348 milhões, que é mais da metade, são esperadas apenas para a segunda metade de 2021.

Também há a previsão de que a Fiocruz entregue 21,5 milhões de doses, 5,3 milhões a menos do que o previsto no último cronograma da pasta para o mês (26,8 milhões).

Ao passo que o Butantan não tem previsões para os meses seguintes, e afirma que o cronograma depende do recebimento de insumos da China. Nas estimativas da pasta, no entanto, estavam previstos 6 milhões de doses em maio.

E há outros problemas. Por exemplo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) , que fiscaliza e analisa as vacinas, negou o pedido de importação e uso excepcional da vacina indiana Covaxin e de doses da vacina russa Sputnik V, cujo prazo de análise pela agência foi suspenso por falta de documentos.

O Brasil também enfrenta atrasos na entrega de doses do consórcio Covax Facility, que é uma iniciativa vinculada à OMS (Organização Mundial de Saúde). E também não se sabe quando chegará às 8 milhões de doses de vacina da Oxford.

Grande parte desses entraves são consequência do controle e especulação das doses pelos oligopólios internacionais da saúde, o que coloca na ordem do dia a necessidade imediata da quebra das patentes, mas também é fruto dos ataques realizados contra a ciência, pesquisa e tecnologia brasileira por Bolsonaro e outros atores do regime político, como STF, Governadores e Congresso, que precarizam os estudos e a independência tecnológica do Brasil.

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