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PETROBRAS
Amanhã petroleiros da REPAR entram em greve contra descaso da Petrobras na pandemia
Redação

Os petroleiros da REPAR, refinaria localizada na região metropolitana de Curitiba, entrarão em greve sanitária amanhã contra o descaso da Petrobras na pandemia.

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Os petroleiros da REPAR entrarão em greve pela imediata suspensão da “parada de manutenção” e outras pautas que se enfrentam com o imenso descaso da empresa gerida por empresários e militares que ocupam o conselho de administração da empresa e que colocam milhares de vida em risco para garantir os lucros dos acionistas e os planos de privatização.

Menos de duas semanas atrás já noticiávamos, com informações do sindicato petroleiro de Paraná e Santa Catarina, como a unidade local já tinha ao menos duas mortes confirmadas por COVID e a Petrobras seguia seu plano de manutenção, colocando vidas em risco e tentando garantir que as unidades postas à venda, como a REPAR, estejam o mais novinhas possível para os compradores – a preço de banana – das instalações da empresa.

As “paradas de manutenção” são eventos que aumentam a concentração de operários nas refinarias, plataformas e terminais em 6 a 8 vezes seu contingente normal. Realizar tamanha concentração de trabalhadores e sem as condições para testagem e isolamento social significa colocar vidas em risco. A mesma pauta já percorreu mobilizações e greves parciais na Bahia, Amazonas e Minas Gerais, tendo conquistado o adiamento da REGAP somente após a greve.

A concentração de trabalhadores para realizar esses eventos de manutenção, na maioria dos casos adiáveis, tem imensa relação com o pico de mortes por Covid acontecidos na REGAP, RLAM, REPAR e em várias plataformas quando entram em parada e assistem seu contingente explodir com os “floteis” que se agregam às unidades em alto mar.

A Petrobras tenta esconder os mortos que a sanha de lucros tem produzido, negando nexo causal que suas unidades tenham um número de contaminados proporcionalmente muito maior à média do país. A Petrobras conta também com a ajuda do judiciário nesse tentativa de esconder o que sua política nefasta está produzindo. Recentemente o SINDIPETRO-MG foi censurado em suas denúncias sobre mortes por COVID, que só em uma unidade ceifou ao menos cinco vidas nas últimas semanas.

A greve no Paraná iniciará no mesmo dia que outro importante sindicato petroleiro, o Norte Fluminense concluirá suas assembleias também tendo como pauta o início de uma “greve sanitária” na Bacia de Campos e instalações terrestres associadas. Os sindicatos do Paraná, Norte Fluminense, Bahia, Minas Gerais e Amazonas, mencionados são todos eles filiados à Federação Única dos Petroleiros e à CUT.

A pauta de greve do Paraná e do Norte Fluminense, e antes disso nas outras unidades mencionadas é nacional e de imediata importância em todas unidades do país, tal como também é nacional e não local a luta contra aa privatização generalizada da Petrobras para implodir a empresa. Essas lutas são conduzidas de forma isolada, uma semana para a RLAM, na outra a SIX, na outra a REPAR, etc, por decisão das direções sindicais que escolhem isolar os trabalhadores em luta em cada lugar. Essa divisão só fortalece as privatizações e permite que mais vidas que poderiam ser salvas sejam perdidas e isso é responsabilidade da FUP, da CUT e do PT que orienta essas direções sindicais. A divisão só favorece Bolsonaro, Guedes e os militares.

É preciso um grande movimento nacional de toda categoria petroleira e que se unifique com o movimento dos transportes e outros setores que se organizam para greve no dia 20/4, a maioria deles dirigidos pela mesmíssima CUT que é majoritária entre petroleiros. A união de uma categoria nacional como petroleiros junto a rodoviários e metroviários de norte a sul do país poderia impor às centrais sindicais, começando pela CUT, que deixe de isolar os movimentos e saia de sua quarentena para garantir uma luta efetiva por medidas sanitárias, contra as privatizações e contra as milhares de demissões que estão acontecendo no país, como vemos em especial em fábricas metalúrgicas que estão fechando em SP e na Bahia, tais como a Ford e a LG. É preciso unir a categoria petroleira e todos trabalhadores que saem à luta.

O Esquerda Diário apoia a luta dos petroleiros do Paraná e de todo país em defesa de suas condições sanitárias e contra as privatizações em todo o sistema Petrobras.

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